O presidente Lula (PT) dialogou por telefone na quarta-feira 23 com a presidenta do México, Claudia Sheinbaum. De acordo com o Palácio do Planalto, o petista destacou a relevância de intensificar os vínculos econômicos e comerciais entre os países, em um contexto de “incertezas”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O comunicado não cita o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porém o contexto da ligação telefônica é a guerra comercial iniciada pela Casa Branca.
Luísa e Sheinbaum combinaram uma viagem do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ao México nos dias 27 e 28 de agosto. Empresários e ministros farão parte da comitiva.
LEIA TAMBÉM!
Venezuela aumenta tarifas para produtos brasileiros e adverte sobre risco a acordos
Lula assina a lei do crédito consignado para trabalhadores da categoria CLT, com ressalvas em relação a informações individuais
Cientista político afirma que setores conservadores consideram que o PT defende a produção e Bolsonaro age contra o Brasil
O petista também propôs a abertura de negociações para ampliar o acordo comercial com o México. Lula e Sheinbaum destacaram os setores de indústria farmacêutica, agropecuária, etanol, biodiesel, aeroespacial, inovação e educação como áreas estratégicas na relação bilateral.
Em agosto, Trump ameaçou aplicar tarifas de 30% ao México, devido à falta de ações para combater o tráfico de drogas na América do Norte. O Brasil também está sujeito a uma tarifa de 50%, com previsão de implementação em 1º de agosto.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na última segunda-feira, 21, Sheinbaum questionou as multas impostas às companhias aéreas mexicanas, anunciadas por Washington. Dois dias antes, o Departamento de Transporte dos Estados Unidos acusou as autoridades mexicanas de práticas anticompetitivas ao revogar as restrições de horário de voo das companhias americanas e obrigá-las a transferir suas operações de carga para um terminal próximo à Cidade do México.
Os Estados Unidos também implementaram este mês tarifas de 17% sobre a maioria dos tomates frescos importados do México, uma decisão que o governo de Sheinbaum considerou “injusta”.
Fonte por: Carta Capital
