O desmatamento na Amazônia aumentou 27% no primeiro semestre de 2025

O Inpe registra 2.090 km² de área devastada, marcando o primeiro aumento semestral durante o governo Lula. Os dados foram divulgados na sexta-feira (11….

12/07/2025 15:21

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O desmatamento na Amazônia aumentou 27% no primeiro semestre de 2025
(Imagem de reprodução da internet).

O Inpe registrou um aumento de 27% nos alertas de desmatamento na Amazônia Legal no primeiro semestre de 2025, totalizando 2.090 km² de área devastada. Os dados foram divulgados na sexta-feira (11.jul.2025). Trata-se do primeiro crescimento semestral observado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Cerrado registrou uma diminuição de 9,8% no desmatamento nesse período, com uma redução de 3.724,3 km² para 3.358,3 km² entre o primeiro semestre de 2024 e 2025.

O aumento do desmatamento na Amazônia indica uma reviravolta em relação ao primeiro semestre de 2024, período em que foram detectados 1.645 km² de áreas desmatadas. As informações foram obtidas pelo Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real).

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Mato Grosso, Pará e Amazonas foram os estados mais impactados pelo desmatamento na Amazônia, totalizando cerca de 400 km² de áreas afetadas. O estado de Mato Grosso lidera o ranking, sendo responsável por aproximadamente metade do total, com 206 km² de área desmatada.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima declarou que os incêndios na Amazônia, ocorridos de agosto a outubro de 2024, exerceram uma “forte influência” nos recentes dados sobre o desmatamento na região.

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Entre janeiro e junho de 2025, as áreas sob alerta de “desmatamento com vegetação”, que correspondem a locais atingidos pelo fogo, aumentaram 266% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento está relacionado à temporada atípica de incêndios que afetou a Amazônia no segundo semestre de 2024. A extensão territorial impactada pelo fogo é contabilizada pelo satélite apenas no início do período seco, quando há menor concentração de nuvens no céu.

A categoria de “desmatamento com solo exposto”, que indica áreas atingidas pelo corte raso de vegetação, manteve-se estável no primeiro semestre de 2025 em relação a 2024 e atingiu o menor patamar dos últimos cinco anos. Sem a elevação do desmatamento causada pela intensidade do fogo no ano passado, agravada pela mudança do clima em nível global e pela seca extrema que se estendeu por dois anos consecutivos na Amazônia, o desmatamento total no primeiro semestre de 2025 teria caído 1,5% em relação a 2024.

Diante do aumento do déficit hídrico na Amazônia e na região central do Brasil nos últimos anos, os incêndios passaram a exercer maior influência sobre o desmatamento. O governo federal, em parceria com estados, municípios, comunidade científica e sociedade civil, tem atuado para prevenir e combater os incêndios e implementar uma governança que torne o Brasil um país resiliente ao fogo. No primeiro semestre deste ano, houve uma queda de 65,8% nas áreas queimadas e de 46,4% no número de focos de calor no território nacional em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Na Amazônia, a redução de áreas queimadas para o período foi de 75,4%, e de focos de calor, de 61,7% (saiba mais aqui).

Ademais, prosseguem em execução as ações de monitoramento e fiscalização previstas no PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal) e implementadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

A redução do desmatamento no Cerrado no primeiro semestre de 2025 em comparação com o período anterior reflete as ações implementadas pelo governo federal em parceria com os estados que compõem o bioma. Destaque-se o Pacto Interfederativo para a Prevenção e o Controle do Desmatamento Ilegal e dos Incêndios Florestais no Bioma Cerrado dos Estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) assinado em abril de 2024. A iniciativa visa fortalecer as ações de combate ao desmatamento ilegal e aumentar o rigor para a liberação de Autorizações de Supressão de Vegetação no bioma, fornecidas pelos governos estaduais.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.