O DeepSeek R2 teve seu lançamento adiado devido a limitações nas GPUs da NVIDIA na China
O avanço do DeepSeek R2 foi prejudicado pela limitação no acesso aos equipamentos de hardware necessários.

A NVIDIA admitiu que as restrições à venda de suas GPUs na China foram um fracasso, mas pode ter alcançado seu objetivo – pelo menos em parte. Ao dificultar o acesso aos processadores H20, a decisão do governo Donald Trump desacelerou o desenvolvimento do modelo DeepSeek R2.
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Lançada no início de 2025, a primeira geração do modelo grande de linguagem (LLM) impactou mercados devido à sua alta eficiência, formato open source e custos de desenvolvimento reduzidos. Seu treinamento utilizou 50 mil GPUs da linha Hopper, adquiridas pelos investidores da High-Flyer Capital Management.
Incluíam-se 30 mil unidades dos processadores H20 da NVIDIA, 10 mil H800s e 10 mil H100s. A DeepSeek planejava utilizar soluções semelhantes para o treinamento de seu modelo R2, porém suas ambições foram atenuadas pela dificuldade em adquirir os hardwares necessários.
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Contudo, as fontes analisadas indicam que o modelo está apresentando bom desenvolvimento e seus desenvolvedores não devem ser impedidos pela situação. Paralelamente, o diretor executivo da empresa responsável, Liang Wenfeng, ainda não demonstra satisfação com as capacidades demonstradas pela segunda geração da LLM.
O The Information relata que as restrições à exportação para a China também impactaram a primeira geração do DeepSeek. Diversas empresas que implementaram o modelo R1 optaram por executá-lo utilizando o H200 da NVIDIA, e agora se encontram sem acesso a um componente considerado essencial para suas operações.
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Apesar dos desafios, o site acredita que o modelo R2 deverá impactar o mercado novamente após seu lançamento. Se ele superar as capacidades de outras opções de código aberto, sua adoção rápida pode ultrapassar rapidamente a capacidade da infraestrutura da nuvem chinesa.
Apesar do sucesso do DeepSeek R2, modelos futuros do tipo ainda enfrentem riscos se as restrições à China persistirem. Há indicações de que ele é bastante dependente de tecnologias da NVIDIA para seu treinamento e operação, o que representa um grande problema considerando que a empresa não mais incluirá o país em seus relatórios financeiros.
Paralelamente, as empresas que ainda atuam no país estão adotando medidas para se tornarem opções viáveis às tecnologias cujo acesso está restrito. Dentre os nomes que mais devem colher benefícios da situação, destaca-se a Huawei, que inclusive tem realizado recrutamentos de ex-engenheiros de sua concorrente americana.
A Apple está trabalhando em um novo chip projetado para dispositivos de realidade virtual e aumentada, que seria desenvolvido internamente, e não por meio de parcerias com empresas como a Qualcomm ou a AMD.
A NVIDIA não incluirá mais a China em suas projeções de receita futura.
Fonte por: Adrenaline
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.