Em 2024, 12 médicos foram vítimas de violência em estabelecimentos de saúde no Brasil, conforme dados do CFM (Conselho Federal de Medicina). Foram registrados 4.562 boletins de ocorrência nas Polícias Civis dos Estados e do Distrito Federal. Este é o maior número da série histórica iniciada em 2013.

Os atos criminosos ocorreram em hospitais, clínicas, consultórios, unidades básicas de saúde, pronto-socorros e laboratórios, tanto da rede pública quanto da privada. Os casos incluem ameaças, injúrias, lesões corporais, desacato, difamação, furtos e até homicídios. Em média, um médico sofria algum tipo de violência a cada duas horas.

Entre 2013 e 2024, o CFM registrou quase 40 mil casos de violência relatados por médicos em território nacional. Em 2024, apesar da predominância masculina entre as vítimas, a diferença em relação às mulheres foi mínima: 1.819 contra 1.757. Em sete estados – Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins – as médicas sofreram mais agressões que os médicos, correspondendo a 41% dos municípios da federação com dados por sexo.

Os autores dos atos agressivos são pacientes, familiares ou indivíduos sem ligação direta com os profissionais. Foram identificados também casos motivados por ódio ou vingança, ou praticados por colegas de trabalho – como médicos, enfermeiros e funcionários –, porém em menor quantidade.

São Paulo lidera o ranking com 832 ocorrências, o que representa 18% do total. Destes, 53% ocorreram na capital, e cerca de metade das vítimas eram mulheres. O Paraná ocupa a 2ª posição, com 767 registros.

Leia também:

Supremo Tribunal Federal Conclui Julgamento de 810 em Ataques de 8 de Janeiro

Hamilton e Verstappen lideram ranking de salários na Fórmula 1 em 2025 – Forbes Revela!

Embaixadas Alertam sobre Leilão do Tecon 10 no Porto de Santos: Críticas e Impacto Internacional

Considerando o contexto, o CFM defende a aprovação de projetos de lei que elevam as sanções para crimes praticados contra médicos no exercício da profissão. Dentre eles, o PL nº 6.749 de 2016, já aprovado pela Câmara dos Deputados. A instituição também discute com governadores e autoridades de segurança pública a instituição de delegacias especializadas em crimes contra profissionais de saúde.

Fonte por: Poder 360