O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou em redes sociais que o Congresso brasileiro não tolerará interferências externas, em resposta às sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
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O senador reiterou a confiança no fortalecimento das nossas instituições, incluindo o Poder Judiciário, elemento fundamental para a preservação da soberania nacional, que é inegociável. O Congresso Nacional não admite interferências na atuação dos nossos Poderes.
Alcolumbre enfrenta pressão do bolsonarismo para avançar com os pedidos de impeachment protocolados no Senado. Segundo a tese defendida por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articula ações contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos, essa seria uma das exigências de Trump para negociar tarifas.
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Até o momento, contudo, o senador não demonstrou intenção de tratar o assunto e, segundo Eduardo, pode se tornar alvo de sanções.
O senador não respondeu diretamente às ameaças do deputado, afirmando que, em conjunto com o Executivo e o Judiciário, acompanha de perto o desenrolar das sanções contra autoridades brasileiras para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas.
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Moraes tornou-se alvo de legislação americana estabelecida para punir estrangeiros supostamente envolvidos em violações de direitos humanos e corrupção. O argumento é que ele tem perseguido cidadãos dos EUA por meio de ações judiciais que visam as grandes empresas de tecnologia. Além disso, a gestão Trump defende que o julgamento por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado, seria uma “caça às bruxas”.
A ordem judicial restringe Moraes, impedindo sua viagem aos EUA, bloqueia seus ativos e recursos financeiros no país e proíbe operações com cidadãos, empresas ou instituições financeiras norte-americanas.
O ministro ainda não comentou as sanções do governo norte-americano. O STF, contudo, se manifestou em defesa de Moraes logo após o anúncio da gestão Trump.
Outras autoridades brasileiras também se manifestaram em apoio ao ministro, incluindo o presidente Lula (PT). Em comunicado, o petista criticou políticos brasileiros que “traem a Pátria” e censurou os EUA pelo acirramento de divergências políticas em detrimento de ações econômicas.
Fonte por: Carta Capital