O clima de Marte era quente e úmido ou frio e seco? Especialistas discutem
Diferentes perspectivas sobre o clima marciano antigo sugerem tanto a existência de grandes quantidades de água quanto um ambiente árido e frio.

Considerando um cenário habitual, com a existência de água líquida em épocas passadas e mudanças climáticas nos períodos Noachiano e Hesperiano de Marte, dois estudos recentes apresentam visões divergentes sobre o clima do planeta vermelho.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A primeira, uma análise geomorfológica, foi apresentada por Adam Loshek, na Royal Astronomical Society of London (RAS), um Clear e uma organização apaixonada e das universidades renomidas e uma parceira ideal, cuja fez por um banco de dados e Inovadora do Brasil, oferecendo serviços religiosos e outros serviços relacionados ao Sagrado, inO e uma relação apaixonada, que envolve Usando os melhores produtos químicos finos e serviços especializados, Química (Química e Agricultura): Afina, Léguas, Drogasilatina FarmacN – Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governanotas, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos Financeiros, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos Financeiros, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governamentos, Finanças, Contabilidade Financeira e Governança.
A segunda, um modelamento climático computacional, foi realizada por Edwin Kite e sua equipe. Os resultados rodaram em Nature e o estudo foi apresentado no Encontro Nacional de Astronomia 2025 da Royal Astronomical Society em Durham, Inglaterra.
Leia também:

Incêndio destrói loja de carros de luxo na Barra da Tijuca

Consumo de energia elétrica sobe no período do inverno: entenda os fatores que influenciam e dicas para diminuir o gasto

Bolsonaro demonstra emoção e solicita orações durante pronunciamento no Senado
O estudo de Losekoot investiga extensos sistemas fluviais fossilizados, concentrando-se na fronteira Noachiano-Hesperiano há 3,7 bilhões de anos, ao passo que Kite, da Universidade de Chicago, elabora um modelo climático inédito, abrangendo os últimos 3,5 bilhões de anos, utilizando dados do rover Curiosity.
Os dois estudos apresentam aspectos essenciais em comum: existiu água líquida na superfície de Marte, há bilhões de anos, com evidências de atividade fluvial e sedimentação. Os trabalhos concordam que Marte passou por uma transição climática no período Noachiano-Hesperiano, de quente para frio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os dois modelos divergem significativamente. Losekoot argumenta por períodos prolongados de clima agradável e úmido, com rios persistentes e depósitos sedimentares acumulados. Já Kite propõe um Marte frio e seco, onde a água líquida ocorria apenas em oásis isolados, durante extensas fases de estiagem.
Essas visões divergentes têm implicações profundas para a habitabilidade marciana. Os ambientes descritos no modelo de Losekoot são estáveis e favoráveis ao desenvolvimento e persistência de vida. O cenário de Kite é mais extremo e limita qualquer possibilidade biológica a nichos subterrâneos.
A rede de rios de Marte indica um planeta mais úmido e quente nos “tempos de Noé”.
O astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli, ao denominar as terras altas do sul de Marte de Noachis Terra (Terra de Noé) no século XIX, estava, sem saber, formulando uma espécie de profecia. Atualmente, uma equipe de pesquisadores identificou mais de 15 mil quilômetros de canais fossilizados no planeta vermelho.
Adam Losekoot e seus colegas mapearam cristas sinuosas que surgem com o endurecimento de sedimentos depositados por rios antigos, enquanto o terreno circundante é erodido. Esses dados de alta resolução, obtidos por meio de instrumentos da NASA, representam evidências diretas de água corrente há 3,7 bilhões de anos.
O sistema fluvial extenso revela um ciclo hidrológico sustentado por chuvas contínuas, e não apenas pelo derretimento ocasional de gelo. A pesquisa aponta que a água caiu regularmente do céu e se acumulou em riachos que apresentaram fluxo suficiente para formar esses sedimentos consolidados.
Isso contrasta diretamente com as teorias de que Marte era árido no período Noachiano. Em sua apresentação, Losekoot argumenta que os cursos d’água permaneceram ativos por extensos períodos geológicos, exigindo uma atmosfera densa e um clima ameno, propícios ao desenvolvimento de vida.
O mapa mais recente desafia os modelos que consideram Marte como um planeta inerentemente frio, que apenas ocasionalmente experimentava “descongelamentos” causados por eventos como erupções vulcânicas ou impactos de asteroides. “Marte já foi um planeta muito mais complexo e ativo do que é atualmente”, conclui Losekoot.
O modelo climático mais recente de Marte: ambiente frio e inóspito.
Com base em informações do rover Curiosity, uma equipe de cientistas coordenada por Edwin Kite, da Universidade de Chicago, criou um modelo climático marciano que evidencia um “armazenamento de carbono” da atmosfera marciana. Dissolvido na água presente, o CO2 reagiu com minerais para gerar carbonatos.
A retenção do gás de efeito estufa gerou um ciclo destrutivo: embora houvesse água suficiente para reter o CO2, isso resfriou o planeta, eliminando as condições que permitiam a existência de água líquida. Amplamente, esse modelo singular capturou a evolução da paisagem e clima marcianos por longos períodos.
Por volta de 4 bilhões de anos atrás, o pesquisador líder afirma que Marte era quente o suficiente para abrigar lagos e rios extensos, comparáveis ao Mar Cáspio. Contudo, essa fase úmida foi de curta duração, resultando na formação de grandes salinas devido ao derretimento de neve.
Há 3,5 bilhões de anos, a paisagem tornou-se árida com longos períodos secos onde Marte era quase tão frio quanto hoje. De tempos em tempos, pequenas áreas com água líquida apareciam como oásis transitórios, durando apenas cerca de cem mil anos, períodos geologicamente muito curtos para sustentar vida.
No entanto, com base em recentes descobertas do Curiosity, que identificaram cadeias longas (moléculas semelhantes às produzidas por organismos vivos), Kite declara em um comunicado: “Ainda não podemos descartar totalmente a possibilidade de vida em Marte”.
Evidências de cristais de água em Marte sugerem a existência de potencial vida.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.