O cerne da inflação no Japão diminui a velocidade, ainda assim, se mantém elevado em relação à meta do Banco do Japão

A espinha dorsal da inflação no Japão desacelerou em junho, ainda assim mantendo-se acima da meta de 2% do banco central por mais de três anos, evidenciando as pressões contínuas sobre os preços que alimentam as expectativas do mercado em relação a novos aumentos na taxa de juros.

O Banco do Japão enfrenta o desafio de equilibrar a inflação crescente e os riscos econômicos provenientes das tarifas dos Estados Unidos, avaliando a viabilidade de elevar as taxas de juros a níveis ainda baixos.

O índice de preços ao consumidor, sem incluir os custos voláteis de alimentos frescos, subiu 3,3% em junho em comparação com o ano anterior, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (18), em conformidade com a expectativa do mercado.

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O crescimento foi inferior ao de 3,7% em maio, principalmente em razão do retorno dos auxílios à gasolina, porém manteve-se acima da meta de 2% do banco central por 39 meses consecutivos.

Um índice distinto que exclui os gastos com alimentos frescos e combustíveis – acompanhado de perto pelo Banco Central como um indicador dos preços influenciados pela demanda interna – avançou 3,4% em junho em comparação com o ano anterior, de 3,3% em maio.

A inflação subjacente permanece alta e é provável que exceda as projeções do Banco do Japão. Contudo, com as tensões comerciais presentes na economia, persiste o risco de que o Banco do Japão permaneça inativo por mais tempo do que se prevê.

Os dados serão entre os fatores que o banco central avaliará em sua próxima reunião de política monetária, nos dias 30 e 31 de julho, quando a diretoria deve revisar para cima sua projeção de inflação.

Fonte por: CNN Brasil