O Catar considera o ataque de Israel como “terrorismo de Estado”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou a operação militar como “uma porta para o fim da guerra”, enquanto o bombardeio em Doha r…

Na terça-feira (9), o Exército de Israel conduziu um ataque específico a líderes do Hamas sediados no Catar, país que promove encontros para um acordo de cessar-fogo em relação à guerra na Faixa de Gaza.
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O ataque utilizou mais de 10 armadilhas que lançaram mais de 10 projéteis. Os alvos eram edifícios residenciais onde residem membros do escritório político do Hamas em Doha, o ramo do grupo que conduz negociações para uma trégua no conflito com os israelenses.
O Hamas alega que cinco de seus integrantes faleceram na operação, embora relate que chefes de alto escalão não sofreram ferimentos.
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O ataque foi criticado pela comunidade internacional, que o considerou uma violação da soberania do Catar. Nações como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Egito se manifestaram contra o ocorrido, juntamente com a União Europeia e o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O Catar não estabelece relações diplomáticas formais com Israel, sendo considerado um país com que há amizade. Por consequência, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, concordou que Doha sediaria negociações indiretas para um acordo.
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Os catarinos têm desempenhado um papel essencial nas negociações para um acordo de cessar-fogo, atuando como local de discussões e dialogando com Israel, Hamas e os Estados Unidos.
Israel alega ter conduzido a operação de maneira independente, porém o governo Trump afirma ter alertado o Catar previamente e que o presidente Donald Trump conversou com Netanyahu após o ataque. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump assegurou às autoridades cataris que novos ataques não ocorreriam.
O Catar nega ter recebido qualquer comunicado prévio. Um representante do Ministério de Relações Exteriores do país afirmou que a ligação dos Estados Unidos ocorreu quando as explosões já atingiam Doha.
O primeiro-ministro do país, Sheikh Mohammed bin Jassim Al-Thani, declarou que o país tem o direito de responder de forma ofensiva, mas enfatizou que mantém o papel de mediador no conflito. “Não podemos chamá-lo [o ataque de Israel] de outra coisa senão terrorismo de Estado”, afirmou Al-Thani em uma coletiva.
Já Netanyahu declarou que a operação foi totalmente justificada e que ela pode abrir caminho para o término do conflito, sem detalhar como isso ocorreria.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.