O caso real por trás de “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”

O filme é uma adaptação da história da família Smurl.

05/09/2025 20:10

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O caso real por trás de “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”
(Imagem de reprodução da internet).

Em “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”, a produção que finaliza a trajetória de Ed e Lorraine Warren no cinema, o público é apresentado ao caso da família Smurl, que é assombrada por um poltergeist.

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Inicialmente, o filme revela que sua narrativa se baseia em eventos reais. Embora seja uma obra ficcional, a família Smurl existiu e recebeu assistência de Ed e Lorraine Warren nas décadas de 1980.

A notoriedade do caso na época atraiu grande atenção da mídia, resultando em livros como “Assombrado, o pesadelo de uma família”, de Robert Curran, lançado em 1989. Em 1991, o filme “A Casa das Almas Perdidas” foi baseado nos relatos da família.

O caso da família Smurl

A trajetória dos Smurl iniciou-se no começo da década de 1970, quando sua residência em Wilkes-Barre, na Pensilvânia, foi atingida por uma inundação e eles precisaram se mudar. Assim, Jack e Janet Smurl, juntamente com suas filhas mais velhas e os pais de Jack, transferiram-se para uma casa em construção em West Pittson, no mesmo estado. No novo endereço, a família percebeu que a casa necessitava de reparos e optou por pintar e consertar o que era considerado essencial, quando a atividade paranormal teve início. Diversos estudiosos do ocultismo sugerem que reformas e outras alterações em um ambiente podem provocar a irritação de entidades que habitam aquele espaço.

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Entre os eventos relatados pela New England Sociedade de Pesquisa Paranormal, os Smurl descreviam o desaparecimento e reaparecimento de objetos, o surgimento de manchas escuras em obras de arte e tapetes recém-adquiridos, a quebra e incêndio de aparelhos eletrônicos, inclusive fora da tomada, e a proliferação de odores desagradáveis na residência. Apesar da atividade sobrenatural, a família viveu um período de prosperidade com Jack sendo promovido, o nascimento das filhas gêmeas e o sucesso das filhas mais velhas nos estudos.

Artistas de “Invocação do Mal” compartilham cenas perturbadoras das gravações.

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Então, a intervenção sobrenatural tornou-se mais evidente para os Smurl: Mary, mãe de Jack, relatava ouvir vozes chamando-a, inicialmente acreditando que fossem da nora, enquanto Janet tinha um relato semelhante, sombras escuras surgiam e depois desapareciam. Em uma noite, enquanto todos dormiam, Jack relatou sentir uma mão em sua perna, que ele pensou ser da parceira. Ao se virar, ele viu que a esposa estava dormindo e percebeu uma figura sombria sobre ele na cama.

Os eventos passaram a representar um risco para a família, e tanto Janet quanto Jack relataram ter sido vítimas de abusos por parte das entidades. Uma luminária caiu do teto sem explicação, ferindo gravemente uma das filhas na queda, uma das filhas foi empurrada da escada e o cachorro da família foi arremessado contra a parede. Janet afirmava ter sido pendurada a dois metros de altura e, em seguida, jogada do cômodo.

Os relatos sobre o caso apresentam algumas divergências entre os jornais. Segundo o Times Leader, os Warren foram investigar o caso após os Smurl terem levado o caso para a mídia. Contudo, de acordo com The Line Up, a família contatou o casal de investigadores paranormais e, em seguida, procurou a ajuda da mídia.

Lorraine Warren, que afirmava possuir habilidades paranormais, determinou que o ambiente era habitado por três espíritos: uma senhora, uma jovem agressiva e um homem falecido na residência; além desses, havia um demônio, que utilizava os espíritos contra a família Smurl. Para tentar libertá-los daquele mal, os Warren conduziram exorcismos e sessões de oração, o que não se mostrou eficaz. Ed Warren relatou ao The Times Leader em 1986 ter gravado fitas de áudio com ruídos incomuns e fotografias de sombras escuras que apareciam na casa.

Naquele momento, a família Smurl já havia solicitado auxílio à Igreja Católica, solicitando o envio de um padre para conduzir uma exoração. No entanto, a Igreja recusou repetidamente tal prática. É importante ressaltar que casos como esse exigem aprovação do Vaticano, que envia um padre para realizar o exorcismo. Padres locais chegaram a visitá-los para abençoar a residência, porém sem efeitos duradouros.

Com o burburinho midiático em torno do caso, diversas pessoas e jornalistas se concentravam na frente da residência e o casal foi convidado a narrar sua história em programas de televisão.

Após o esgotamento da pressão da mídia e da atividade paranormal intensa, a família se mudou da rua Chase Street. Em sua nova residência, as assombrações persistiram.

A Igreja Católica reconheceu, em 1989, após mais de 15 anos do ocorrido, o pedido da família e autorizou um exorcismo em sua residência, que os libertou das possessões.

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Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.