O câncer renal deverá aumentar em cerca de 80% no Brasil e na América Latina até o ano de 2050

O envelhecimento da população, a obesidade e o sedentarismo são fatores de risco importantes; o diagnóstico precoce é essencial no tratamento.

28/08/2025 11:07

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O câncer renal deverá aumentar em cerca de 80% no Brasil e na América Latina até o ano de 2050
(Imagem de reprodução da internet).

O câncer renal deverá apresentar um crescimento significativo nas próximas décadas, principalmente na América Latina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, os casos na região aumentem 79,8%. Esse cenário deverá ser semelhante no Brasil, onde os diagnósticos podem subir 79,5% nesse período, segundo a OMS.

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O aumento nessa incidência se deve a diversos elementos. “O envelhecimento da população e o acesso mais amplo a ferramentas diagnósticas, tanto no setor público quanto no privado, contribuem para o aumento na detecção dos cânceres”, analisa o nefrologista Ricardo de Araujo Mothe, do Einstein Hospital Israelita em Goiânia.

No entanto, o cenário não se limita ao diagnóstico precoce: mudanças no estilo de vida também têm grande peso nessa equação. “Ao longo dos anos, os hábitos da população têm mudado bastante, com aumento da obesidade e do sedentarismo – fatores que, somados ao tabagismo e à hereditariedade, elevam o risco do surgimento desse tumor”, acrescenta o oncologista Ramon Andrade de Mello, pesquisador e professor da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo. Condições como diabetes, hipertensão e doenças renais crônicas também elevam o risco.

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O câncer renal está associado a uma combinação de fatores variáveis e não variáveis. Dentre estes últimos, o gênero se destaca, com homens apresentando o dobro de risco de desenvolver a doença em relação às mulheres, e a incidência concentrando-se principalmente na faixa etária entre 60 e 70 anos.

Doença silenciosa

Essa forma de tumor frequentemente é indetectável, e os sinais clínicos aparecem em fases avançadas da enfermidade. Dentre eles, encontram-se: febre contínua, cansaço, debilidade, perda ponderal significativa e a presença de hemorragias na urina, notadamente identificável apenas em análises clínicas.

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Frequentemente, o câncer renal é identificado em exames de rotina. Ainda existem pacientes que, ao receberem o diagnóstico de um nódulo nos rins sem apresentar sintomas evidentes, acabam adiando a procura por tratamento, o que pode prejudicar o manejo adequado.

A doença não possui um programa de rastreio específico nem no Brasil nem em outros países. Contudo, técnicas como a análise de DNA tumoral do sangue — exame que detecta fragmentos de DNA liberados pelas células cancerígenas na corrente sanguínea e permite avaliar a presença de mais de 70 tipos de tumores — têm auxiliado na detecção precoce de tumores renais. Segundo Mello, pode ser recomendado que indivíduos do grupo de risco realizem o teste uma vez ao ano.

Ao ser diagnosticado o câncer renal em estágio inicial, o tratamento costuma envolver a cirurgia. “Nódulos pequenos e restritos a um único rim são tratados com a remoção parcial do órgão, sem afetar sua função. Já quando são maiores, é necessária a remoção completa do órgão, ainda que sem que haja prejuízos à recuperação do indivíduo”, explica Mothe.

Quando a doença já se dissemina para além dos rins, afetando gânglios ou outros órgãos, podem ser utilizados tratamentos adicionais, como quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo, que atuam de maneira mais direcionada contra as células cancerígenas, protegendo as células saudáveis.

O câncer provoca uma média de 698 mortes diariamente, conforme dados do INCA.

Fonte por: CNN Brasil

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