O Canadá declarou que possui a “intenção” de reconhecer o Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro
O Israel manifestou sua forte oposição imediata a essa iniciativa, que classificou como parte de uma “campanha tendenciosa de pressão externa”.
O primeiro-ministro do Canadá anunciou na quarta-feira 30 que seu país pretende reconhecer um Estado palestino em setembro durante a assembleia anual da ONU, uma mudança de política que considera necessária para preservar a esperança de uma solução de dois Estados.
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O Canadá pretende reconhecer o Estado da Palestina na 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, declarou Mark Carney em coletiva de imprensa. Israel criticou imediatamente essa iniciativa, que considerou parte de uma “campanha distorcida de pressão internacional”.
Reconhecer um Estado palestino na ausência de um governo responsável, instituições funcionais ou uma liderança benevolente, recompensa e legitima a monstruosa barbárie do Hamas em 7 de outubro de 2023.
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A França anunciou recentemente sua intenção de reconhecer um Estado palestino, e as declarações do presidente Emmanuel Macron também provocaram a condenação de Israel, que afirmou que a decisão é um “prêmio ao terrorismo”. O presidente americano, Donald Trump, a considerou desnecessária.
Carney declarou que sua decisão fundamentou-se na crença firme de que o Canadá apoia uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino, que persiste há mais de sete décadas.
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Essa perspectiva de uma solução de dois Estados está se desfazendo diante de nós.
O chefe de governo mencionou o “contínuo fracasso” de Israel para evitar a catástrofe humanitária em Gaza durante sua guerra contra o movimento islamista Hamas, assim como a expansão dos assentamentos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.
Destacou-se que, durante décadas, acreditava-se que uma solução de dois Estados seria alcançada como parte de um processo de paz baseado em um acordo negociado entre o governo israelense e a Autoridade Palestina, lamentavelmente, este enfoque já não é sustentável.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












