O Canadá alerta os membros do G7 sobre a necessidade de se ajustarem à nova conjuntura face às transformações significativas
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, declarou que “o mundo está mais dividido e mais perigoso”, mencionando a existência de “Estados hostis e terroristas que ampliaram seu alcance e ameaçam a segurança global”.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, alertou na segunda-feira (16), no início da Cúpula do G7 em Kananaskis, que o mundo se encontra em um “ponto de inflexão histórico” e que o grupo deve se adaptar à nova realidade diante das “mudanças massivas” em curso. Carney recordou que o G7 iniciou-se há exatamente 50 anos com uma reunião na França para responder aos graves desafios políticos e econômicos da época, o que possibilitou “um longo período de prosperidade”.
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O mundo tornou-se mais fragmentado e arriscado. Estados adversos e terroristas fortaleceram suas habilidades e influência, representando uma ameaça à segurança internacional. O comércio global, os sistemas de energia e até mesmo a inteligência global estão sendo transformados, ressaltou. Com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à sua esquerda, Carney demonstrou uma postura de aproximação a ele, cuja política de tarifas gerou instabilidade no sistema comercial mundial.
É preciso adaptar-se aos novos tempos e construir um mundo melhor. Alguns de vocês, como o senhor, presidente, já anteciparam essas mudanças profundas e estão adotando medidas ousadas, declarou o primeiro-ministro canadense, dirigindo-se a Trump. Carney declarou que “não pode haver segurança sem prosperidade econômica” e, embora reconheça que existem divisões entre os membros do G7, afirmou que, nas questões em que os sete países podem cooperar, isso fará “uma grande diferença”.
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O G7 concluirá sua 51ª cúpula na terça-feira, após abordar a situação da economia global, do comércio e das guerras na Ucrânia, Faixa de Gaza e do conflito entre Israel e Irã, entre outros assuntos. O Canadá, como país anfitrião da reunião, também convidou os líderes de Brasil, México, Ucrânia, Índia, Austrália, Coreia do Sul e África do Sul para participar de algumas sessões. Além disso, Trump terá diversas reuniões bilaterais com alguns desses líderes, nas quais o tema principal será a guerra comercial desencadeada pelas tarifas impostas por seu governo.
Com informações da EFE.
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Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.