O BRICS critica tarifas e “protecionismo econômico”
Excluindo os Estados Unidos e Donald Trump em seu comunicado final, o bloco afirma que medidas protecionistas representam o risco de “diminuir ainda mai…

Os líderes do BRICS expressaram grandes “preocupações” com a escalada protecionista, através de tarifas e medidas não-tarifárias na economia global, e reiteraram o apoio a um comércio multilateral. A informação foi confirmada com antecedência pela CNN.
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O bloco declarou que o aumento das taxas “representam o risco de diminuir ainda mais o comércio global, interromper as cadeias de suprimentos internacionais e gerar incertezas nas atividades econômicas e comerciais internacionais, impactando as perspectivas de crescimento econômico mundial.
Contudo, indivíduos participando das negociações do comunicado alegam que Trump foi o alvo.
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Adicionalmente, existem referências ao protecionismo alegando motivos ambientais, o que se relaciona a medidas adotadas anteriormente pela União Europeia contra produtos do agronegócio brasileiro.
A legislação da União Europeia contra o desmatamento, com entrada em vigor no início de 2026, impacta uma gama de produtos provenientes do Brasil, como carne e soja, e do óleo de palma produzido na Indonésia (recentemente integrada ao Brics).
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Declaração final
Sob o tema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, os líderes do BRICS também reafirmaram o compromisso com o multilateralismo e a reforma da governança global, buscando um sistema internacional mais justo e representativo, com maior participação de países em desenvolvimento e mercados emergentes.
A Declaração do Rio de Janeiro ressaltou, ainda, a relevância de ações colaborativas, incluindo as declarações sobre Finanças Climáticas e Governança Global da Inteligência Artificial, e o lançamento da Parceria para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas.
O bloco também manifestou preocupação com os conflitos globais, incluindo as situações na Ucrânia, Oriente Médio. A declaração final dos líderes do BRICS “condena” os ataques militares dos Estados Unidos e de Israel a alvos no Irã, em uma linguagem sutilmente acima da nota conjunta divulgada pelo grupo, mas muito além dos termos desejados pela delegação iraniana e provocaram impasse nas vésperas do encontro.
A presença da Irã, admitida como membro do BRICS em 2023, foi representada no Rio de Janeiro pelo chanceler Abbas Araghchi. O presidente Masoud Pezeshkian não compareceu à cúpula.
Ademais, o BRICS reafirmou o apoio à reforma de instituições como a ONU e as do Banco Mundial, buscando adequá-las às realidades do mundo multipolar e assegurar uma representação justa para o Sul Global.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.