O BRICS analisará a expansão do “FMI alternativo” no segundo semestre

Mecanismo de Reserva Adicional disponibiliza US$ 100 bilhões para países membros em situações de crise de liquidez.

05/07/2025 12:57

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O BRICS analisará a expansão do “FMI alternativo” no segundo semestre
(Imagem de reprodução da internet).

O Acordo Contingente de Reservas, um mecanismo desenvolvido pelo Brics como alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em situações de crises financeiras, poderá ter sua primeira expansão.

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No segundo semestre, os países do grupo deverão iniciar discussões sobre a adesão de outros sócios ao mecanismo, em um processo similar ao que já ocorreu com o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), Banco dos BRICS.

O Acordo Contingente de Reservas – abreviado CRA – foi divulgado em 2014 como uma ajuda financeira aos países do Brics em momentos de insuficiência de recursos ou crise no fluxo de caixa.

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Ele é considerado complemento ou alternativa aos pacotes de apoio do FMI – que possui os Estados Unidos como principal cotista e frequentemente impõe duras condicionalidades para quem necessita de empréstimos.

Na sexta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as políticas de austeridade fiscal, afirmando que elas não apresentaram resultados positivos em nenhum país.

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A austeridade imposta pelas instituições financeiras resultou no aumento da pobreza nos países, declarou Lula no Rio de Janeiro.

Empréstimos do FMI costumam estar vinculados à implementação de políticas de ajuste fiscal, que compreendem cortes de despesas e mudanças econômicas.

Enquanto exigia uma reforma no FMI, o BRICS estabeleceu o Acordo de Reservas Contingentes, que não foi empregado até o momento.

Os cinco primeiros países membros do Brics disponibilizaram, em caso de necessidade, uma parte de suas reservas internacionais para o acordo.

Apesar de ter previsto a cúpula de líderes do BRICS para julho, o Brasil manterá a presidência do grupo durante o segundo semestre de 2025, a fim de evitar conflitos com a COP30. A Índia assumirá a presidência rotativa em 2026.

A partir da segunda metade do ano, o bloco BRICS deverá iniciar negociações sobre a incorporação de novos países.

Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã também são elegíveis a aderir ao Acordo Contingente de Reservas.

Atualmente, não há menção à abertura do mecanismo para outros integrantes de fora, diferentemente do NDB. O banco incorporou países como Argélia e Bangladesh, que sequer se enquadram na categoria de parceiros do Brics, além de Egito e Emirados Árabes. A Colômbia também anunciou adesão ao banco.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.