O setor de mineração no Brasil apresenta desafios importantes em razão da ausência de atenção do governo, embora sua contribuição econômica seja relevante. Em análise realizada nesta sexta-feira (25), o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ressaltou a invisibilidade do setor, considerando que ele representa 4% do Produto Interno Bruto nacional e 10% do Produto Interno Bruto industrial.
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Uma ilustração evidente dessa negligência é o Projeto de Lei 2780, que propõe uma política nacional de minerais críticos, porém permanece parado no Congresso Nacional há um ano. Apesar do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) ter sido nomeado relator, não houve progressos relevantes na sua tramitação.
O setor permanece invisível.
Conforme Jungmann, a mineração enfrenta uma invisibilidade inerente devido ser um setor B2B (business-to-business). “Ninguém compra uma pedra, uma pepita de ouro, de nióbio ou de lítio”, destacou, enfatizando que todos os produtos extraídos são transformados por outras indústrias.
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Apesar dos minerais serem essenciais para a civilização contemporânea e estarem em quase todos os produtos industrializados, o setor não tem a atenção necessária. Essa situação se distingue de outros países, onde há políticas específicas para o setor minerário.
Uma alteração nesse contexto poderá ocorrer ainda em 2024. Segundo Jungmann, o Ministério de Minas e Energia deve apresentar uma nova proposta para o setor no segundo semestre. O IBRAM, em parceria com o Centro de Tecnologia Mineral, conduziu uma análise comparativa em 16 países, identificando a necessidade urgente de o Brasil definir políticas claras para o setor.
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Fonte por: CNN Brasil