Em 2024, foram identificados 4.086 doadores efetivos, um número inferior aos 4.129 registrados em 2023.
O Brasil alcançou um marco histórico em transplantes em 2024, com 30,3 mil procedimentos realizados. Houve um aumento de 5,5% em relação a 2023, quando foram contabilizados 28,7 mil transplantes. Apesar desse crescimento, o país ainda registra 78 mil pessoas na fila de espera por um órgão.
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O Ministério da Saúde destacou a necessidade de ampliar o número de doadores, cuja queda para 4.086 efetivos em 2024 é preocupante, abaixo dos 4.129 de 2023. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a importância de reduzir a recusa de doação por parte das famílias, apontando que 45% das famílias se opõem à doação de órgãos.
O ministério anunciou que, a partir de 2026, deve destinar R$ 20 milhões por ano para financiar equipes responsáveis por entrevistar familiares de possíveis doadores. O objetivo é aprimorar o treinamento desses profissionais para ampliar o convencimento das famílias e aumentar o número de órgãos disponíveis no sistema. A iniciativa está em formulação e deve ser lançada em setembro. “A família brasileira é solidária. Se a família brasileira é adequadamente entrevistada e entende o processo da morte encefálica, ela doa”, analisou Patrícia Freire, coordenadora geral do Sistema Nacional de Transplantes.
Além da formação das equipes, a pasta decidiu reajustar em pelo menos 81% o valor pago para subsidiar a compra de substâncias usadas na preservação de órgãos. Segundo o ministro, o valor estava desatualizado há 20 anos. Padilha não informou o montante investido nesse caso. “Com esse reajuste conseguimos garantir o melhor aproveitamento desses órgãos, e fazer um número maior de transplantes”, afirmou o ministro. O ministério também vai ampliar campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos. Atualmente, cerca de 30 a 35% dos órgãos disponibilizados são de fato aproveitados. Entre os motivos para o baixo índice estão não só questões de armazenamento, mas também incompatibilidade entre doador e receptor e contraindicações clínicas.
Publicado por Luisa Cardoso com informações do Estadão do Conteúdo.
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Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.