O Brasil possui agora mais de 35 milhões de motocicletas e 40 milhões de motoristas habilitados; Alagoas apresenta o maior aumento com 86%
A expansão da frota e o crescimento das vendas de motocicletas da categoria A evidenciam o papel da moto como alternativa de transporte no Brasil.

A frota de motocicletas no Brasil atingiu 35 milhões de unidades, com aumento de 42% na última década. O número de condutores habilitados na categoria A alcançou 40,8 milhões em 2025, representando um crescimento de 38,4% em comparação com 2016. Os dados foram fornecidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), e analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
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Alagoas, Amazonas, Bahia e Piauí apresentaram o maior crescimento proporcional no número de habilitações para motociclistas. O avanço ocorre não apenas em grandes centros urbanos, mas também em regiões menos populosas, evidenciando a expansão do uso das motocicletas como meio de transporte, ferramenta de trabalho e fonte de renda em todo o território nacional.
<h3 Mencionado: A mobilidade refere-se à capacidade de se mover de um lugar para outro.
Com a produção nacional concentrada no Polo Industrial de Manaus, o Brasil se destaca entre os maiores fabricantes de motocicletas no mundo. A motocicleta se firmou como um dos principais meios de transporte do país, notadamente em áreas onde o transporte público é limitado e o uso de automóveis se torna impraticável.
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O incremento no número de habilitados acompanha essa expansão. Em 2016, o Brasil contava com aproximadamente 29,5 milhões de condutores aptos a dirigir veículos de duas ou três rodas. Em 2025, ultrapassam-se os 40,8 milhões. Alagoas lidera o crescimento proporcional com 86,3% de alta, seguido por Amazonas (79,7%), Bahia (62,6%) e Piauí (58,7%).
<h3 Mencionado: Três histórias, um amor.
Além dos números, a moto simboliza liberdade e conexão. O alagoano Ricardo Chaves, eletricista, iniciou sua jornada com motocicletas por acaso, após ser agraciado com uma premiação em um sindicato. “Observava um automóvel, porém só podia adquirir uma motocicleta. Foi a melhor decisão que tomei”, relata. Atualmente, utiliza o veículo tanto para o dia a dia quanto para viagens.
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A tatuadora Gessiane Sena, originária de Porto Velho e residente em Manaus, foi criada em meio a motociclistas. Há oito anos, faz parte do As Amazonas Moto Clube Brasil, o primeiro grupo feminino do estado. Em uma de suas viagens, chegou até a Guiana. “A motocicleta me permite uma conexão profunda com o mundo. É uma extensão da minha alma livre”, relata.
O paulista Edmilson Pereira, chamado Eddy, reside atualmente no interior da Bahia e criou o Bikers Family-Bahia Moto Clube em 2019, no Dia do Motociclista. Em setembro, se prepara para percorrer o Rastro da Serpente, rota entre São Paulo e Paraná, popular entre motociclistas. A viagem será realizada com uma motocicleta de baixa cilindrada. “Desejo desafiar meus limites”, declara.
<h3 Mencionado: Conscientização
A partir de 27 de julho, o Dia do Motociclista fará parte oficialmente da nova Semana Nacional de Prevenção a Acidentes com Motociclistas. A iniciativa visa ampliar a discussão sobre pilotagem defensiva, o uso adequado de equipamentos de segurança e o cumprimento das leis de trânsito.
A Abraciclo reforça o compromisso com a valorização da vida e o papel das motocicletas como ferramenta de mobilidade segura, quando utilizadas com responsabilidade.
<h3 Mencionado: Motocicletas
Fundada em 1976, a Abraciclo reúne 15 fabricantes do setor e trabalha para impulsionar a indústria nacional. A produção de motocicletas no Brasil atingiu 1,8 milhão de unidades em 2024, colocando o país como o sexto maior produtor global. O setor de bicicletas, igualmente concentrado em Manaus, posiciona o Brasil como o quarto maior produtor mundial.
O setor contabiliza aproximadamente 18,7 mil postos de trabalho diretos em Manaus e mais de 150 mil em todo o país.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.