Considerando uma crise contínua como a crise política no Brasil, torna-se improvável que os problemas se solucionem com uma única disputa. O recente julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) não resolveu o conflito político.
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O debate atual concentra-se na proposta de anistia, que deve ser analisada e, aparentemente, votada na Câmara dos Deputados. Não se conhece ainda a natureza da anistia, um problema político complexo, considerando suas consequências jurídicas, institucionais e simbólicas.
Independentemente do resultado, o debate sobre a anistia acirra, de forma imediata, dois tipos de conflitos políticos. O primeiro se refere à força relativa de cada grupo dentro do Legislativo. A oposição acredita ter respaldo suficiente para aprovar a proposta na Câmara. Contudo, teria a mesma força no Senado?
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O segundo embate, igualmente importante, ocorre entre os Poderes da República. O STF indicou que uma anistia abrangente, conforme desejado pela oposição, será vetoada. O chefe do Poder Executivo também manifestou essa posição.
Considerando este quadro de desequilíbrio institucional, quais podem ser os desdobramentos? Uma parcela dos atores políticos avalia a situação como uma grande montagem, uma farsa preparatória para as eleições de 2026. Isto é, diversas ações – gestos superficiais, discursos agressivos, negociações – porém sem impactos significativos a curto prazo, sem um revés determinante.
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Seriam, destarte, manifestações políticas destinadas a estimular os diversos grupos eleitorais. A questão reside em permanecer dançando a bordo de um navio sem leme — o Brasil.
Fonte por: CNN Brasil
