O Brasil superou pressões da Rússia e evitou discussões sobre a criação de uma moeda comum dos BRICS para fins comerciais, ou um sistema alternativo de pagamentos ao Swift, durante sua presidência do grupo, de acordo com fontes do governo ouvidas pela CNN.
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As fontes afirmaram que a declaração dos ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais, realizada neste sábado (5), não abordará diretamente o tema, concentrando-se em maneiras de diminuir os custos de transação comercial.
A conclusão da última reunião de líderes do Brics, em Kazan (Rússia), determinava que a área financeira do grupo avançaria com “instrumentos e plataformas de pagamento” até 2025.
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Segundo informações do governo brasileiro, para a Rússia, isso implicava investigar a criação de um sistema de pagamento alternativo ao Swift – sistema de pagamentos globais que possibilita a comunicação rápida e segura entre bancos.
Com a guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais, a Rússia foi, em grande parte, excluída do Swift.
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Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu uma moeda comum para as transações comerciais e o russo Vladimir Putin manifestou apoio a essa ideia. Por outro lado, Donald Trump considerou impor tarifas adicionais à importação de produtos do Brics nos Estados Unidos, caso a proposta se concretizasse.
Desde sua ascensão à presidência do grupo, o Brasil rejeitou tal debate e tem se dedicado a um levantamento dos sistemas já existentes, identificando rotas factíveis para diminuir os custos operacionais – sem adoção de moeda comum ou sistema alternativo ao Swift.
A CNN apurou de membros do governo Lula que esse debate não tem relevância para o Brasil, apesar da declaração vaga do próprio presidente.
O Banco Central deverá apresentar aos demais países do Brics, neste sábado, um relatório sobre a experiência dos sistemas atuais, oportunidades de cooperação e o uso ou não de moedas digitais (como o Drex).
A noção de incentivar o uso de moedas locais está perdendo força, pois ninguém desejaria possuir rúpia indiana, rand sul-africano ou real brasileiro em espécie, o que forçaria cada país com essas moedas a importar produtos necessariamente do país emissor.
De acordo com informações divulgadas pela CNN, o trecho a ser reforçado envolve os “swaps cambiais” (troca de moedas para composição de reservas) entre os países do Brics.
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Fonte por: CNN Brasil