O Brasil está “desrespeitando as leis ambientais”, afirma “The Economist”

A revista britânica The Guardian alega que o Congresso Nacional critica Marina Silva por sua defesa do meio ambiente.

11/07/2025 14:05

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Brasília (DF), 29/05/2025 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa de encontro com lideranças afrodescendentes da América Latina e do Caribe para entregar formalmente ao Itamaraty suas propostas políticas e institucionais para a COP30, que será realizada em Belém (PA). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 29/05/2025 - A ministra do Meio Ambiente, Marina ...

A revista britânica The Economist declarou em artigo (consulte aqui, para assinantes), divulgado na quarta-feira (9.jul.2025), que o Brasil está “arrasando nas leis ambientais” e que o Congresso Nacional está atacando Marina Silva por defender o meio ambiente.

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A ministra do Meio Ambiente recebeu críticas de natureza sexista por se opor a um projeto de lei que extinguiria diversas normas ambientais do país. Trata-se do novo licenciamento ambiental, que será votado no plenário da Câmara na próxima semana.

A proposta exclui empreendimentos de infraestrutura, mineração e agropecuária de baixo ou médio impacto da necessidade de avaliação ambiental formal, agilizando o processo e, em alguns casos, possibilitando que os próprios interessados avaliem os efeitos de suas atividades.

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A publicação destaca que a ONG WWF (World Wide Fund for Nature) classificou a medida como “o maior retrocesso na legislação ambiental brasileira nos últimos 40 anos”.

A The Economist recorda a presença da audiência no Congresso em que Marina, segundo o texto, sofreu insultos por quase 7 horas. A revista vincula esses “ataques” ao crescimento da influência do agronegócio e do setor de combustíveis fósseis no Congresso, além da vulnerabilidade fiscal do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), que necessita evitar conflitos com o Legislativo para preservar o apoio político.

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A reportagem destaca Marina como uma figura central na diminuição do desmatamento na Amazônia na década de 2000, e aponta que sua saída em 2008, devido a discordâncias com o governo sobre grandes projetos na floresta, consolidou sua imagem internacional.

Ecologistas indicados pela The Economist declararam que, em caso de aprovação do novo licenciamento ambiental, haverá necessidade de ação judicial. “Não cessaremos a luta pela proteção do meio ambiente. Apenas aumentaremos o número de advogados”, disse Marcio Astrini, do Observatório do Clima.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.