O Brasil envia pimenta para o ato em apoio a Kirchner na Argentina

O partido declara que ex-presidente, condenada por desvio de verba pública, está sendo vítima de “perseguição política”.

18/06/2025 5:05

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O Brasil envia pimenta para o ato em apoio a Kirchner na Argentina
(Imagem de reprodução da internet).

O PT informou que o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) participará da manifestação em apoio à ex-presidente argentina Cristina Kirchner (Partido Justicialista, esquerda), agendada para quarta-feira (18.jun.2025) em Buenos Aires.

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O partido declarou, em nota, que Kirchner, condenada a seis anos de prisão por desvio de recursos públicos, é “vítima de perseguição político-judicial”.

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O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atuará como representante da direção nacional do partido no evento que ocorrerá no centro da capital argentina.

A defesa da ex-presidente Cristina Kirchner, inclusive durante a perseguição do presidente Lula pela Operação Lava Jato no Brasil, não é esquecida. Há solidariedade com ela, diante da tentativa de retirar de cena uma importante liderança popular, assim como ocorreu com Perón e Lula. Pimenta afirmou que estará presente no evento de quarta-feira, 18 de junho, que será histórico.

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De acordo com informações do PT, a manifestação em apoio a Kirchner foi convocada para as 10h desta 4ª feira (18.jun), com ponto de encontro na esquina da Avenida San Juan com a rua San José, no bairro Constituição, onde a ex-presidente reside. A caminhada irá percorrer ruas e avenidas do centro da cidade e deve se estender até o final da tarde.

Kirchner vive em regime de prisão domiciliar.

O Tribunal Federal Oral número 2 da Argentina decidiu na terça-feira (17.jun) que a ex-presidente cumpra sua pena de 6 anos sob regime de prisão domiciliar. Na prática, Kirchner já está presa, pois a ordem foi emitida enquanto ela se encontrava em seu apartamento no bairro Constituição, na capital de Buenos Aires.

A ex-presidente utilizará tornozeleira eletrônica e um dispositivo de vigilância eletrônica será instalado no apartamento. Segundo o jornal argentino Clarín, Kirchner deverá cumprir 3 regras para que o benefício da prisão domiciliar seja mantido.

Os promotores afirmaram ser imprescindível “definir parâmetros rigorosos e tangíveis para assegurar o acompanhamento adequado da aplicação da pena e a segurança” de Kirchner.

Após o decreto de prisão domiciliar, Juan Grabois — aliado da ex-presidente — assegurou a ocorrência da manifestação prevista para quarta-feira (18.jun).

A ação de solidariedade com Cristina e em defesa dos direitos políticos, humanos, econômicos, sociais e culturais dos argentinos não foi suspensa por nenhuma causa, disseram o que disserem os jornais, o Poder Judiciário, a polícia, os bombardeiros ou os líderes.

A ex-presidente argentina foi condenada.

A Suprema Corte de Justiça da Argentina ordenou, em 10 de junho, a prisão da ex-presidente após a rejeição por unanimidade de um recurso contra sua condenação a 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público.

Há suspeitas de desvio de recursos públicos para licitações vencidas por um amigo e sócio da família Kirchner, destinados à construção de estradas na Patagônia. Diversas dessas obras nunca foram finalizadas ou foram canceladas.

O esquema fraudulento resultou em perdas estimadas em US$ 1 bilhão nos cofres públicos argentinos, conforme a acusação. O Ministério Público apresentou como evidência o aumento patrimonial do empresário Lázaro Báez, que obteve vitória em 51 licitações. O patrimônio pessoal de Báez cresceu 12.000% entre 2004 e 2015, enquanto sua empresa registrou um crescimento de 46.000% no mesmo período.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.