O BC (BC) vetou a aquisição do Master pelo Banco de Brasília (BRB)

A operação estava sob avaliação desde março.

04/09/2025 6:13

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O BC (BC) vetou a aquisição do Master pelo Banco de Brasília (BRB)
(Imagem de reprodução da internet).

O Banco Central (BC) recusou a aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), que estava em avaliação desde março e representava a última fase regulatória para a continuidade da transação.

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A decisão sobre o veto foi comunicada na noite de quarta-feira (3), por meio de comunicado oficial do BRB aos investidores. O Banco Central ainda não se manifestou oficialmente.

O BRB – Banco de Brasília S.A. (“BRB”; B3: BSLI3 e BSLI4) comunicou aos seus acionistas e ao mercado que recebeu do Banco Central (’Bacen’) o indeferimento do requerimento de aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master S.A. (“Banco Master”).

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O BRB solicitou acesso à íntegra da decisão, para avaliar seus fundamentos e analisar as alternativas disponíveis, conforme comunicado.

O BRB reafirma seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional e manterá seus acionistas e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos relevantes, nos termos da legislação e da regulamentação aplicáveis.

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Em pouco mais de 10 dias, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou uma lei distrital, aprovada pela Câmara Legislativa do DF (CLDF), sob determinação judicial, para permitir que o BRB adquirisse 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do capital social do Banco Master S.A.. A intenção seria aumentar a participação do BRB no mercado e consolidar sua atuação no setor financeiro.

Nos últimos seis meses, após o anúncio da operação, as ações da BRB subiram aproximadamente 23% na B3.

Negócio polêmico

A aquisição do Banco Master, no valor de 2 bilhões de reais, anunciada pela BRB, gerou controvérsia.

A Master apresenta uma política considerada agressiva no mercado para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) aos investidores que adquirem títulos da instituição financeira, significativamente superiores às taxas médias para bancos menores, que variam em torno de 110% a 120% do CDI.

A ausência de divulgação do balanço de dezembro do ano anterior tem gerado desconfiança no mercado financeiro. Recentemente, a instituição financeira tentou uma emissão de títulos em dólares, porém não obteve sucesso na captação de recursos. Operações do banco com contratos e títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva também aumentaram as dúvidas sobre a situação financeira da instituição.

O BTG Pactual propôs apenas 1 real para assumir o controle do Master e assumir o passivo da instituição financeira. As dívidas seriam cobertas com recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), fundo que cobre investimentos de até 250 mil reais por pessoa física ou pessoa jurídica em cada instituição financeira.

Contudo, a ausência de consenso entre as instituições financeiras que investem no FGC impediu a operação de prosseguir.

Fonte por: Carta Capital

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.