O aumento da temperatura foi observado em 195 países devido às alterações climáticas

As ondas de calor mais severas do ano foram intensificadas pela influência humana no aquecimento global, indica relatório.

30/05/2025 10h27

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(Imagem de reprodução da internet).

Um novo relatório internacional confirma que as mudanças climáticas, provocadas pela ação humana, estão elevando a duração, a intensidade e a frequência das ondas de calor. Entre maio de 2024 e maio de 2025, 195 países e territórios observaram o aumento do dobro de dias de calor extremo em relação ao que seria sem o aquecimento global.

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Cientistas do Climate Central, World Weather Attribution e Cruz Vermelha Internacional elaboraram um estudo que detalha o avanço das ondas de calor em escala global.

Quase metade da população mundial, ou cerca de quatro bilhões de pessoas, viveram por pelo menos 30 dias em condições de calor extremo no último ano. O critério utilizado foi a temperatura acima do percentil 90 para cada localidade, em comparação com o histórico de 1991 a 2020.

No Brasil, altas temperaturas acima da média também quebraram recordes. Houve 57 dias com temperaturas extremas, sendo que 47 deles não teriam ocorrido sem a influência das mudanças climáticas, conforme o relatório. Apesar do país não estar entre os mais afetados do ranking global, os impactos já são sentidos em diversas regiões, com consequências para a saúde, o fornecimento de água e a agricultura.

Todos os 67 eventos de calor extremos registrados em nível global durante o período analisado, que tiveram impacto significativo na população ou na infraestrutura, foram intensificados pelo aquecimento global.

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O calor excessivo é apontado como o evento climático mais letal do planeta. Contudo, muitas mortes são subnotificadas, segundo o documento. Em 2022, estima-se que a Europa tenha registrado mais de 61 mil mortes por calor — embora os números reais possam ser ainda maiores.

O relatório também aponta para impactos em cadeia. O calor danifica safras, exerce pressão sobre as redes de energia, diminui o acesso à água potável e afeta a produtividade de cidades inteiras.

Diante do cenário, aumenta a urgência por ações de adaptação e mitigação. A COP30, que ocorrerá no Brasil em 2025, é considerada uma oportunidade histórica para inserir o calor extremo no cerne das negociações climáticas. As autoridades brasileiras buscam liderar as discussões globais sobre adaptação em regiões tropicais – onde o impacto do calor tende a ser ainda mais significativo. Questões como emissões de carbono, transição energética e financiamento climático estão entre os principais temas a serem abordados nas conversas pré-COP30.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.