O aparelho celular do suspeito no caso Marielle foi utilizado após sua morte

O telefone de Macalé, que atuou como intermediário na contratação do assassinato da vereadora, registrou atividades uma hora após o ocorrido, conforme a…

13/07/2025 11:05

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O aparelho celular do suspeito no caso Marielle foi utilizado após sua morte
(Imagem de reprodução da internet).

O relatório da Polícia Federal no caso Marielle aponta que o celular de Edmilson da Silva, também conhecido como Macalé, foi adulterado após seu assassinato. O dispositivo teve contatos adicionados e ligações efetuadas algumas horas após a morte do ex-policial militar. Ele é considerado o intermediário na contratação de Ronnie Lessa para o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes.

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O aparelho telefônico foi apreendido no dia do falecimento de Macalé, em 6 de novembro de 2021, porém somente foi enviado para análise técnica em 25 de julho de 2023. A informação está presente no processo (PDF – 21,6 MB) que apura o crime, em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

A perícia constatou a existência de quatro contatos adicionados ao aparelho após o horário da morte de Macalé: Chuck, Marcelo Pres. TNLD, Sheila e Fábio Cabeça. A informação é do G1.

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Cerca de uma hora após o homicídio, o telefone efetuou duas ligações para o contato Chuck. Em seguida, o contato Marcelo Pres. TNLD recebeu a ligação, porém não a atendeu. No mesmo instante, um número identificado como Sheila foi adicionado. Posteriormente, o contato Fábio Cabeça foi criado.

A investigação revelou que Macalé alterava seus números de telefone com frequência, e existem evidências de que o ex-policial empregava outros dispositivos. A Polícia Federal ainda não conseguiu identificar quem alterou o telefone apreendido.

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Em mensagens recuperadas pela perícia, Macalé se identificava como “John Macalister”. Em uma das conversas, ele alegou ter “feito muito mal” em uma área controlada pelo CV (Comando Vermelho). A PF interpretou que essa declaração estaria relacionada não a sua atuação como policial, mas a atividades ligadas a grupos milicianos e à proximidade com Ronnie Lessa – executor de Marielle.

A análise também indicou que o assunto central das conversas era sobre aves, sugerindo uma ligação com o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), apelidado de “passarinheiro” em relatórios policiais.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.