CEO do Nubank, Sergio Vélez, defende foco na taxa efetiva de impostos. Em 2025, Nubank seria a maior pagadora de impostos no Brasil, com R$ 8,2 bilhões, e propõe taxa mínima de 17,5% para instituições financeiras
Em entrevista recente, o CEO do Nubank, Sergio Vélez, rebateu as críticas sobre a tributação das fintechs, afirmando que a instituição financeira é a que mais paga impostos no Brasil. Durante a conversa, Vélez foi questionado sobre a possibilidade de o Nubank adquirir um banco no país para obter uma licença bancária e, consequentemente, conseguir crédito tributário.
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O CEO respondeu que essa opção é “possível”, ressaltando que a regulamentação existente obriga qualquer instituição com o nome “banco” a ter essa denominação.
Vélez explicou que o Nubank pode buscar uma licença bancária do zero ou adquirir um banco já existente. Ele enfatizou que a empresa tem um histórico de total conformidade com as regulamentações, o que se manifesta através do anúncio de suas atividades.
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A busca por uma licença bancária ou aquisição de um banco já existente são as opções que a empresa considera viáveis.
O CEO argumentou que o debate tributário deveria se concentrar na taxa efetiva de impostos que as instituições pagam, e não na CSLL (Contribuição sobre a Renda da Pessoa Jurídica). Ele destacou que as fintechs, incluindo o Nubank, não possuem o mesmo histórico de operação no Brasil para abater impostos, o que permite aos bancos reduzirem suas taxas efetivas.
Vélez apresentou dados que indicam que, em 2025, o Nubank teria sido a instituição financeira que mais pagou impostos no Brasil, com R$ 8,2 bilhões, com uma taxa efetiva de 32%, em comparação com a média dos bancos de 12%. Ele ressaltou que o Nubank está “pagando muito mais, além do que muitas das grandes instituições financeiras” e que o foco do governo, se busca aumentar a arrecadação, deveria ser na taxa efetiva.
Como alternativa ao aumento da CSLL para fintechs, Vélez propôs estabelecer uma taxa efetiva mínima de 17,5% para todas as instituições financeiras. Ele argumentou que essa taxa inibe a grande quantidade de jeitos de pagar menos impostos. O CEO também expressou respeito pelos bancos no Brasil, mencionando que em 12 anos, o Nubank trouxe concorrência ao país e incluiu “mais de 110 milhões de pessoas no sistema financeiro do Brasil, trazendo muito valor para a sociedade”.
O lucro líquido do Nubank no 3º trimestre de 2025 foi de US$ 782,7 milhões –alta de 39% em relação aos US$ 563,2 milhões do mesmo período de 2024. É o maior lucro da história da empresa. Leia a do balanço (PDF – 7 MB).
Autor(a):
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.