A designação do delegado Ricardo Saadi para a presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) visa enfraquecer economicamente as organizações criminosas e combater a lavagem de dinheiro dessas entidades. Sua gestão começará em 1º de julho.
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Indivíduos próximos a Saadi, delegado da Polícia Federal (PF) desde 2002, sustentam que ele possui o perfil adequado para essa tarefa. Segundo um alto dirigente do governo, o novo presidente do Coaf adota a premissa de que o crime organizado não é combatido por meio de ações diretas e violentas, mas sim com análise financeira.
A indicação de Saadi contou com o apoio do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo; do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; e do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho.
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O Conselho de Análise de Operações Financeiras está formalmente ligado ao Banco Central e a experiência na repressão a crimes financeiros influenciou a decisão de nomeá-lo para a direção do conselho. Saadi já atuou como conselheiro do próprio Coaf e, atualmente, é diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção na Polícia Federal.
Policiais acreditam que a atuação no Coaf representará uma chance de aprimorar o combate ao crime organizado, concentrando-se na descapitalização desses grupos.
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A avaliação no governo é de que a atuação deverá ser estratégica diante do aumento do uso do sistema financeiro por organizações criminosas para a movimentação de recursos ilícitos.
Saadi também exerceu a função de diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, coordenou a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros de São Paulo e atuou em colaboração com a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).
No Coaf, ele substituirá Ricardo Lião, servidor de carreira do Banco Central que preside o órgão desde agosto de 2019.
Fonte por: CNN Brasil