Novo partido ultraortodoxo abandona o governo de Israel

A decisão do Shas se dá após a aliança não ter conseguido implementar uma legislação que dispensasse sua comunidade do serviço armado.

16/07/2025 19:13

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Novo partido ultraortodoxo abandona o governo de Israel
(Imagem de reprodução da internet).

Deputados do governo de Israel, filiados ao partido Shas, anunciaram suas demissões em manifestação contra a coalizão não ter conseguido aprovar uma legislação que isentasse sua comunidade do serviço militar.

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Entretanto, a legenda não retirou o seu apoio à coalizão governamental no Knesset (Parlamento) e indicou que não apoiará nenhuma eventual moção de censura.

O anúncio ocorre dois dias após outro partido ultraortodoxo, o Judaísmo Unido da Torá, deixar o governo, também motivado pelo debate sobre o alistamento militar.

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Sua saída deixa a coalizão governamental do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com uma frágil maioria de 61 assentos, das 120 que integram o Knesset.

Se o partido Shass agisse da mesma forma, Netanyahu teria um governo minoritário e instável, com o apoio de apenas 49 parlamentares.

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O político opositor Yair Lapid solicitou ao primeiro-ministro a realização de eleições antecipadas, ainda com o conflito na Faixa de Gaza em curso.

“Um governo minoritário não pode enviar soldados para o front”, declarou Lapid em um vídeo. “É hora de organizar eleições”.

Formado em 2022, o governo de Netanyahu permanece firme devido a uma aliança entre o partido do primeiro-ministro, Likud (direita), que recebe o apoio de legendas de ultradireita e partidos religiosos judaicos ultraortodoxos.

De acordo com um entendimento que data da criação do Estado de Israel em 1948, os homens haredim (“temerosos a Deus”) obtiveram, durante várias décadas, uma isenção militar “de facto”, desde que se comprometessem integralmente ao estudo dos textos sagrados do judaísmo nas escolas talmúdicas.

A Suprema Corte questionou tal isenção na década de 2000. Assim, governos sucessivos precisaram aprovar emendas legislativas temporárias que atendessem aos ultraortodoxos, que são cruciais em muitos casos para a formação de coalizões.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.