Novas tarifas sobre o aço intensificam a crise no setor, afirma Aço Brasil

Marco Polo de Mello Lopes, diretor-executivo da organização, avalia os efeitos das recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos e as dificuldades enfrentadas pela indústria siderúrgica brasileira.

05/06/2025 16:05

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Novas tarifas sobre o aço intensificam a crise no setor, afirma Aço Brasil

As recentes tarifas de 50% sobre produtos de aço e alumínio importados pelos Estados Unidos estão intensificando uma situação já delicada para o setor siderúrgico brasileiro, afirma Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.

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Lopes, em entrevista à CNN Money na quinta-feira (5), explicou os desafios da indústria nacional e as potenciais consequências dessas medidas.

O relatório aponta que o cenário global já se mostrava desafiador, considerando a alta disponibilidade de aço no mercado, estimada em aproximadamente 620 milhões de toneladas.

Essa nova ação do presidente Trump apenas agrava uma situação que já era bastante difícil, afirmou Lopes.

Apesar das preocupações, Lopes acredita que ocorrerá uma nova adaptação do mercado, semelhante ao que se viu após a implementação da taxa de 25% em março.

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Ele destacou que as exportações brasileiras para o mercado americano permaneceram, com uma queda de apenas 10% a 15%.

O presidente do Aço Brasil ressaltou que a demanda dos Estados Unidos por importação de matéria-prima estratégica, como as placas de aço, continua existente.

Em 2018, após uma ofensiva comercial no primeiro governo Trump, foram definidas cotas de 3,5 milhões de toneladas para semiacabados e aproximadamente 680 mil toneladas para produtos finalizados.

Lopes destacou a relevância de reestabelecer o acordo que permaneceu em vigor por seis anos entre Brasil e Estados Unidos, afirmando que foi proveitoso para ambos os países.

Ele declarou que essa demanda dos Estados Unidos por essa matéria-prima estratégica persiste, sem alterações repentinas.

Lopes também discutiu os desafios que a indústria siderúrgica brasileira enfrenta no contexto mundial.

Ele destacou a preocupação com as importações, notadamente as provenientes da China, que correspondem a 25% das vendas das usinas brasileiras no mercado interno.

Lopes alertou que não se compete com uma siderúrgica chinesa, compete-se contra o Estado chinês que tem como objetivo ocupar os mercados do mundo.

O executivo destacou a relevância do diáentre as empresas do setor e o governo federal na procura por soluções e na proteção dos interesses da indústria siderúrgica nacional.

Ele destacou os esforços dos ministérios envolvidos nas negociações e na procura por alternativas para reduzir os efeitos das medidas protecionistas.

Nova abertura comercial pode diminuir os efeitos das tarifas americanas no Brasil? Compreenda.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.