Nova Zelândia revoga orientações de inclusão de atletas trans
Decisão retira documento de 2022 que previa diretrizes de segurança, bem-estar e prevenção à discriminação.
O governo da Nova Zelândia determinou revogar suas diretrizes de inclusão de pessoas trans em competições esportivas. A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (24.jul.2025) pelo ministro das Relações Exteriores do país, Winston Peters, em consonância com o que foi implementado nos Estados Unidos.
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A decisão final define os “princípios norteadores para a inclusão de pessoas transgênero no esporte”, documento produzido em 2022 pela Sport NZ (agência pública neozelandesa). Esses princípios estabeleciam orientações sobre segurança, bem-estar e prevenção da discriminação de atletas transgêneros. Além disso, propunham a criação de áreas exclusivas nos vestiários e o emprego de linguagem inclusiva.
Peters justificou a medida alegando que “homens biologicamente não têm lugar no esporte feminino”, classificando as diretrizes anteriores como “woke”. Segundo ele, a decisão visa “simplesmente garantir a segurança e proteção das meninas e mulheres no esporte que praticam, em todos os níveis”.
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Uma das principais disposições das diretrizes revogadas previa que “pessoas transgênero podem participar dos esportes de acordo com o gênero com o qual se identificam”, conforme noticiado pela Radio New Zealand.
A APTA (Associação Profissional para a Saúde das Pessoas Transgênero de Aotearoa) se manifestou contrária à decisão. Em comunicado, expressou estar “profundamente decepcionada” e considerou que a medida agrava “uma cultura pouco acolhedora e isolante para as pessoas trans e não binárias no esporte”.
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Em 2021, na edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a levantadora de peso neozelandesa Laurel Hubbard se tornou a primeira mulher trans com identificação declarada a competir na modalidade feminina olímpica, disputando na categoria acima de 87kg.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












