Nova metodologia de testes de dopagem causa incertezas antes do Campeonato Mundial de Atletismo

Corredores do Canadá e da França competem contra o relógio para obter resultados válidos para a World Athletics.

15/08/2025 16:50

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Nova metodologia de testes de dopagem causa incertezas antes do Campeonato Mundial de Atletismo
(Imagem de reprodução da internet).

Atletas do Canadá e da França têm dificuldades em atender à exigência da World Athletics de realizar testes genéticos que comprovem o sexo biológico, em face da proximidade do prazo final em 1º de setembro para participação no Campeonato Mundial de Atletismo.

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A atleta canadense foi comunicada de que os testes genéticos recentes não cumpriram os critérios definidos pela organização máxima do atletismo mundial, sendo necessária a repetição do exame com urgência.

A Athletics Canada contratou a Dynacare para conduzir os testes do gene SRY — utilizados na determinação do sexo biológico — durante o Campeonato Nacional recente. Contudo, em e-mail enviado esta semana aos atletas, e obtido pela agência Reuters, a federação afirmou que a Dynacare “nos informou que os kits de teste fornecidos não estavam em conformidade com os padrões exigidos”.

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O diretor-executivo da Athletics Canada, Mathieu Gentes, declarou na sexta-feira que a entidade “está fazendo tudo ao seu alcance, em benefício dos atletas, para garantir que cumprimos o prazo estabelecido pela World Athletics”. “Trata-se de uma situação em constante evolução, que estamos enfrentando em tempo real”, afirmou. “Estamos trabalhando em soluções para apoiar atletas localizados em diferentes partes do mundo”.

O governo canadense informou que a Dynacare já está enviando novos kits de teste às atletas residentes no Canadá e nos Estados Unidos, incluindo os locais autorizados para a realização das coletas.

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Na França, a situação é ainda mais delicada. A Federação Francesa de Atletismo (FFA) pretendia realizar os testes durante o campeonato nacional, mas foi impedida após os Ministérios da Saúde e do Esporte declararem que tais procedimentos são ilegais no país, conforme a Lei de Bioética Francesa, em vigor desde 1994.

“Desta forma, nada foi feito”, declarou a FFA, em comunicado enviado à Reuters. “A federação confia na capacidade da World Athletics de encontrar rapidamente uma solução e assegurar que as atletas francesas possam competir em condições ideais nas competições internacionais.”

A diretora de Projetos Especiais da World Athletics, Jackie Brock-Doyle, declarou que a organização está cooperando com a FFA para garantir que as atletas francesas possam realizar os testes em competições fora da França ou em campos de treinamento anteriores ao Mundial.

De acordo com Brock-Doyle, a World Athletics está em contato com as federações da Polônia, Bélgica e Suíça para permitir a realização de testes nas atletas que participarem das quatro etapas restantes da Liga Diamante nesses países.

Aprovado em março.

A necessidade de realizar um teste para confirmar se uma atleta é biologicamente do sexo feminino foi aprovada em reunião do conselho da World Athletics em março deste ano.

“Todas as federações sabiam, desde março, que introduziríamos o teste do gene SRY”, afirmou Brock-Doyle à Reuters. “Durante a coletiva de imprensa, fomos questionados se isso já valeria para o Campeonato Mundial, e dissemos que sim, essa era nossa intenção.”

A ocasião viu o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, afirmar: “O processo é bastante direto, francamente muito claro, e é de grande importância. Iremos selecionar um provedor de testes e trabalhar nos prazos.”

Os detalhes específicos do teste foram divulgados em 31 de julho. Em declaração, Coe justificou a medida como crucial para a equidade no esporte: “É extremamente importante, em um esporte que busca constantemente atrair mais mulheres, que elas tenham a certeza de que não há um teto biológico invisível. O teste de verificação do sexo biológico é um passo fundamental para garantir isso.”

Brock-Doyle declarou que a World Athletics não tem receio de que atletas femininas sejam excluídas do Mundial, agendado para 13 a 21 de setembro em Tóquio, devido à não realização dos testes dentro do prazo determinado.

A estimativa é que entre 40% e 50% das atletas já tenham sido testadas. A dirigente afirmou que aquelas que completarem o exame, mas ainda aguardarem o resultado após o prazo, poderão competir normalmente no Japão. “Nem todos os resultados estarão disponíveis a tempo, pois em alguns países o processamento pode levar duas ou três semanas”.

Serão analisados posteriormente os resultados adversos e o possível impacto no desempenho dessas atletas no campeonato.

Por fim, Brock-Doyle contestou críticas de que os regulamentos sobre testes genéticos foram implementados de maneira precipitada. “Seria preferível se tivéssemos tido um tempo adicional? Possivelmente. Contudo, optamos pelo Mundial devido à sua reunião de mais de 80% das atletas de ponta do nosso esporte.”

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Fonte por: CNN Brasil

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