A postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de promover um conflito de classes é considerada uma “antecipação de campanha” por especialistas consultados pelo Poder360.
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Lula publicou nas redes sociais um vídeo mostrando um cartaz de apoio à manifestação do PT, chamada “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”, que aborda o aumento de impostos para a população mais rica.
O PT identificou o fim da guerra cultural, e essa nova abordagem para 2026 visa agregar e unificar uma organização digital, afirmou Fernando Schüler, professor do Insper e palestrante sobre liberdade de expressão na Faculdade Belavista e no Instituto Sivis.
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Em 2 de julho de 2025, os três primeiros termos no mecanismo de ranqueamento “Trending Topics” do X eram “Congresso da mamata”, “agora é a vez do povo” e “Hugo Motta traidor”, em referência a desavenças entre os Poderes Legislativo e Executivo.
Schüler avalia que há um esgotamento dessa “guerra cultural”, marcada por debates sociais.
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Especialistas consultados pelo Poder360 identificaram uma equivalência nos discursos para as próximas eleições presidenciais.
Para candidatos de direita, o discurso conservador centrado na temática econômica será o principal, apesar da dificuldade de atrair a maioria da população.
Enquanto para candidatos de esquerda, a direção do discurso é popularizar a ideia de “taxação de ricos” e resgatar uma agenda social e cultural.
Para Schüler, o fato do Brasil enfrentar uma “crise fiscal” não justifica o argumento favorável à taxação de grandes fortunas. É difícil convencer o pobre de que a solução econômica passa por cortar gastos em áreas como educação, saúde e programas sociais. O discurso de taxar ricos é fácil e engaja.
De acordo com o professor, uma parcela dessa retomada do PT se deve a uma derrota no âmbito do discurso cultural, onde a direita apresentou um desempenho superior nos últimos tempos.
A conclusão de que parte disso se deve à retórica “anti-woke” criada ou popularizada nos Estados Unidos por Donald Trump, que obteve grande sucesso, considerando o resultado da eleição de 2024, encerrou.
Especialistas apontam que a ala bolsonarista tende a apoiar e lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o candidato a enfrentar Lula em 2026. Preveem uma pauta temática voltada para a economia e um conservadorismo não agressivo.
Este texto foi elaborado pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar, com a supervisão do editor Augusto Leite.
Fonte por: Poder 360
