O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua insatisfação, na quinta-feira (24), com o interesse dos Estados Unidos nos minerais críticos do Brasil.
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Em Minas Novas (MG), durante um evento do governo federal, Lula declarou que o Brasil não tolerará interferências externas em seus recursos naturais.
Temos total disponibilidade de ouro para assegurar. Possuímos todos os minerais valiosos que vocês desejam proteger. E aqui ninguém interfere. Esta nação pertence ao povo brasileiro.
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A declaração ocorre em meio à crescente movimentação diplomática entre Brasil e Estados Unidos sobre os chamados minerais críticos, insumos essenciais para a produção de baterias, semicondutores e outras tecnologias.
O setor é considerado estratégico para as economias globais, sobretudo em razão da tentativa dos EUA de diminuir a dependência da China, que atualmente detém o domínio nesse mercado.
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Os Estados Unidos buscam garantir o acesso a minerais críticos, considerados essenciais para a economia e a segurança nacional.
Em Brasília, na quarta-feira (23), representantes do setor mineral brasileiro e o Embaixador dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, se reuniram para abordar um possível acordo de cooperação e as tarifas de 50% aplicadas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
O encontro representou a terceira ocorrência desse tipo, sendo iniciado pelo governo dos Estados Unidos. Escobar avaliou como positiva a iniciativa do setor mineral brasileiro de enviar uma comissão a Washington para dialogar diretamente com representantes e empresas mineradoras americanas. Contudo, o evento só se concretizará a partir de setembro.
O governo brasileiro espera que os minerais raros, componentes de equipamentos de alta tecnologia, recebam atenção especial nas negociações comerciais com os Estados Unidos. Atualmente, aproximadamente 70% das exportações minerais do país são direcionadas à China.
A Agência Internacional de Energia aponta que o país asiático detém mais de 80% da capacidade global de produção de células de bateria, além de mais da metade do processamento mundial de lítio e cobalto. A hegemonia chinesa no setor é uma das principais preocupações da nova gestão Trump.
De acordo com informações de Gabriel Garcia, da CNN.
Fonte por: CNN Brasil