Investidores atentos a sinais de confiança na Alemanha e nos dados de emprego dos EUA.
Os mercados internacionais apresentaram cautela nesta quinta-feira, 25, influenciados pela realização de lucros em Wall Street, novos recordes em Tóquio e a antecipação de dados de emprego nos Estados Unidos. Investidores acompanharam de perto indicadores de confiança na Europa e movimentações de empresas de tecnologia na Ásia, buscando sinais sobre a direção futura do mercado.
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O Nikkei 225, de Tóquio, avançou 0,28% e atingiu um novo recorde histórico, fechando a 45.754 pontos em sua sexta sessão consecutiva de alta. O índice Topix também subiu 0,47%, impulsionando o mercado. Na China, o CSI 300, de Xangai e Shenzhen, subiu 0,6%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,13% devido a ajustes após o IPO da montadora Chery.
A fabricante de eletrônicos Xiaomi ganhou 3,69% após lançar novos smartphones e eletrodomésticos. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,03%, enquanto o Kosdaq recuou 0,98%. A gigante de internet Naver disparou 11,4% após anunciar investimento na startup de saúde GravityLabs.
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Em Taiwan, o Taiex cedeu 0,66%, pressionado pela queda da TSMC, em meio a relatos da Bloomberg de que a Intel estaria buscando um investimento da Apple, que desde 2020 utiliza chips próprios fabricados pela TSMC.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 reverteu perdas e fechou em alta de 0,1%.
As bolsas europeias operam em queda pela manhã. O Stoxx 600, índice europeu, recuava 0,39% por volta das 5h50 (horário de Brasília). O DAX, da Alemanha, caía 0,56%, enquanto o CAC 40, da França, perdia 0,62%. No Reino Unido, o FTSE 100 tinha baixa de 0,23%.
Entre os destaques, a varejista H&M disparou 10,5% após divulgar lucro acima das expectativas no terceiro trimestre. O setor de tecnologia médica sofria forte realização após o governo Trump abrir investigação de segurança nacional sobre importações de dispositivos médicos, robótica e maquinário industrial. Siemens Healthineers recuava 3,6%, Philips caía 2,6% e a britânica Convatec perdia 5,4%.
Investidores também monitoram os dados de confiança do consumidor na Alemanha e na França. Segundo o instituto GfK e o NIM, a queda do sentimento alemão deu sinais de estabilização, mas ainda em níveis historicamente baixos. A política monetária do Banco Nacional da Suíça também está no radar, após tarifas impostas pelos EUA.
Em Nova York, os índices recuaram pelo segundo pregão consecutivo na quarta-feira, 24. O S&P 500 caiu 0,28%, o Nasdaq Composite recuou 0,34% e o Dow Jones perdeu 0,37%. O movimento refletiu vendas em ações ligadas à inteligência artificial, como Nvidia, Oracle e Micron Technology, em meio a preocupações sobre o risco de bolha no setor.
Nesta manhã, os futuros operavam próximos da estabilidade: S&P 500 e Nasdaq 100 em variação nula e o Dow Jones em leve alta de 0,04%. Investidores aguardam a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que podem dar novos sinais sobre o mercado de trabalho.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.