O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apura os empresários Igor Gutierrez Freitas e Rodrigo Rossi Calamo em relação a suspeita de tentativa de manipulação em partida da Série C do Campeonato Brasileiro. A investigação envolveu a oferta de R$ 15 mil a jogadores do Londrina. Igor é filho do campeão mundial de boxe Acelino Popó Freitas.
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A Operação Derby, conduzida pelo Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na sexta-feira (12), executou quatro mandados de busca e apreensão em locais ligados a Gutierrez e Rossi, além de dois contra os empresários. As ações foram realizadas em Salvador (BA) e Itapema (SC).
Investigações revelaram que os indivíduos contataram três jogadores do Londrina aproximadamente uma hora antes da partida contra o Maringá, ocorrida em 26 de abril, na terceira rodada da Série C. Foi oferecido R$ 15 mil a um deles, que negou a proposta. Os envolvidos solicitavam que fosse exibido um cartão amarelo até os 27 minutos da primeira etapa.
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O promotor de Justiça Jorge Fernando Barreto da Costa informou que os jogadores recusaram a proposta e as investigações buscam confirmar essa abordagem e eventuais outras.
Londrina confronta Maringá
Londrina e Maringá disputam o conhecido “Clássico do Café”, que motivou a operação realizada na sexta-feira. Lucas Magalhães, diretor de futebol do Londrina, realizou uma entrevista coletiva em relação ao ocorrido.
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É evidente que isso causou susto. Eu imediatamente contatei Paulo (Assis), que era o diretor geral na época, e juntos acionamos a Federação Paranaense imediatamente. Eles nos encaminharam um setor da CBF para receber a denúncia. Formalizamos isso na segunda-feira, logo após o jogo de Maringá, conforme relatou Magalhães.
O executivo informou que também comunicou ao zagueiro Wallace Reis, capitão da equipe na partida: “Eu falei: ‘Wallace, aconteceu isso, esses três atletas foram abordados, vamos ficar de olho aqui e tal’”. Nenhum dos três atletas envolvidos recebeu cartão amarelo durante a partida.
A partida registrou dez cartões amarelos, sendo quatro dirigidos a jogadores do Londrina. Três desses cartões foram exibidos antes dos 27 minutos do primeiro tempo, e nenhum deles foi aplicado a jogadores acusados.
O Londrina também se manifestou por meio de comunicado. “Expressamos nosso profundo respeito e admiração pelos atletas que, além de recusarem a proposta ilícita, tiveram a coragem de procurar a diretoria para relatar o ato nocivo”.
O clube reiterou ser “definitivamente contrário a qualquer tipo de manipulação de resultados”.
Londrina: Nota completa
O Londrina Esporte Clube SAF se junta à Federação Paranaense de Futebol, à Confederação Brasileira de Futebol e às autoridades policiais para reiterar seu compromisso com a integridade e a transparência no esporte.
O Londrina EC comunicou que três jogadores do clube foram contatados por um indivíduo que propôs envolvimento em um esquema de apostas. O contato ocorreu nas horas que antecederam o jogo contra o Maringá, pela Série C do Campeonato Brasileiro, ocorrido em 26 de abril.
Os jogadores foram solicitados a receberem cartões amarelos no jogo, porém, recusaram-se a cooperar com o plano e buscaram imediatamente a diretoria do Londrina. A diretoria, por sua vez, contatou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) através da federação para relatar o fato e adotar as providências adequadas.
Diante das denúncias, os atletas foram convidados ao Ministério Público para prestar esclarecimentos, o que resultou na operação contra dois empresários, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Salvador, na manhã da sexta-feira (12).
Reconhecemos o nosso respeito e admiração pelos atletas que, ademais de rejeitarem a proposta irregular, demonstraram coragem ao buscar a diretoria para relatar o ato doloso.
O Londrina Esporte Clube SAF se opõe veementemente a qualquer tipo de manipulação de resultados e manterá o trabalho em estreita colaboração com as autoridades competentes para combater essas práticas e assegurar a integridade das competições.
Fonte por: CNN Brasil
