Rota Alternativa do Voo de Netanyahu aos EUA Evita Países com Mandado de Prisão

O voo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em direção aos Estados Unidos, optou por uma rota incomum, levantando especulações sobre uma tentativa de evitar países que poderiam executar um mandado de prisão pendente contra ele por supostos crimes de guerra.

Netanyahu partiu de Tel Aviv na noite de quarta-feira (24) para participar da Assembleia Geral da ONU e realizar encontros com o presidente americano Donald Trump. A rota escolhida desviou-se do percurso habitual, que normalmente sobrevoaria diversos países europeus.

Desvio da Rota e Evitação de Espaços Aéreos

Em vez disso, o voo sobrevoou a totalidade do Mar Mediterrâneo e o Estreito de Gibraltar, conforme confirmado por sites de rastreamento de voos. O percurso, que incluiu breves momentos sobre o espaço aéreo da Grécia e Itália, evitou completamente a França e a Espanha.

A duração da viagem foi significativamente aumentada devido a essa rota alternativa. O gabinete de Netanyahu não divulgou publicamente as razões por trás dessa decisão incomum, e a CNN tentou obter esclarecimentos, mas não obteve resposta.

Motivações por Trás do Desvio

Há duas semanas, o gabinete anunciou que alguns jornalistas e membros da comitiva de Netanyahu não o acompanhariam devido a “acordos técnicos relacionados a assentos e segurança”. O Jerusalém Post sugeriu que essa medida também visava compensar o consumo adicional de combustível.

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Uma fonte diplomática revelou que a França havia aceitado um pedido israelense para sobrevoar seu espaço aéreo. “Eles acabaram decidindo tomar outro caminho e não sabemos o motivo”, afirmou o diplomata.

Contexto do Mandado de Prisão e Viagens Anteriores

A última viagem de Netanyahu aos EUA, em julho, também passou por Grécia, Itália e França, conforme registrado pelo ADS-B Exchange. O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro passado, acusando-o de supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Devido ao mandado, o sobrevoo de Netanyahu por países que fazem parte do TPI poderia resultar em um pouso forçado e em sua possível prisão. Israel e os Estados Unidos não são signatários do TPI.