O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira 7 que apoia que Israel exerça o controle militar sobre a totalidade da Faixa de Gaza, mesmo com as crescentes críticas no país e internacionalmente em relação à guerra que persiste há quase dois anos no território palestino.
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“Nossa intenção”, declarou Netanyahu em entrevista à emissora americana Fox News quando questionado se Israel assumiria o controle de todo o enclave. Ele afirmou que, após tomar o controle, Israel entregaria o território a forças árabes que o governariam.
Para assegurar nossa segurança, pretendemos eliminar o Hamas do local, possibilitar que a população se livre […] e transferir o controle para um governo civil que não seja o Hamas e que não defenda a destruição de Israel, afirmou, referindo-se ao grupo palestino responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 contra Israel. “Queremos nos libertar e libertar o povo de Gaza do terrível terror do Hamas.”
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O primeiro-ministro israelense Netanyahu apresentaria a proposta ao gabinete de segurança do país em uma reunião que ocorreria ainda nesta quinta-feira, embora não haja certeza se uma decisão final seria tomada no mesmo dia.
A Reuters informou que, em outra reunião do gabinete nesta semana, a liderança das Forças de Defesa de Israel (FDI) se opôs à expansão da campanha em Gaza, alegando que isso poderia resultar em numerosas mortes de militares israelenses, comprometer a possibilidade de resgate de reféns vivos e agravar a situação humanitária dos civis palestinos.
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Pressão de aliados de extrema-direita
Netanyahu está sob forte pressão internacional para alcançar um acordo de fim de combate, ao mesmo tempo em que enfrenta pressão interna de sua coligação para prosseguir com a guerra.
A proposta de que as Forças de Defesa de Israel avancem para áreas que ainda não controlam em Gaza é defendida, em particular, por ministros de extrema-direita da coalizão que governa Israel. Alguns propõem a ocupação total do território e que Israel restaure assentamentos lá, duas décadas após ter se retirado do território.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, declarou a jornalistas na quarta-feira que aguardava a aprovação do governo sobre o controle militar do restante de Gaza. O ministro da Defesa, Israel Katz, também afirmou que os militares obedecerão às decisões do governo enquanto todos os objetivos de guerra forem atingidos.
Fonte por: Carta Capital