Netanyahu afirma que combate em Gaza continua

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira (16.out.2025) que a luta na Faixa de Gaza “ainda não acabou”, mesmo após o Hamas ter devolvido os últimos 20 reféns sobreviventes a Israel, em um acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. As informações são da France 24.

Atualmente, os restos mortais de 19 reféns israelenses ainda estão desaparecidos no território palestino.

Compromisso com o retorno dos reféns

Durante a cerimônia que celebrou o 2º aniversário do ataque de 7 de outubro de 2023, Netanyahu expressou sua determinação em garantir o retorno de todos os reféns. O Hamas afirmou ter entregue todos os corpos de prisioneiros falecidos que conseguiu acessar, mas destacou a necessidade de equipamento especializado para recuperar os demais entre as ruínas.

O acordo pôs fim a dois anos de conflito que resultaram em grande destruição em Gaza e sofrimento para as famílias dos sequestrados israelenses. O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas tem exigido o término dos combates para facilitar o retorno dos capturados durante o ataque inicial.

Demandas do Fórum de Reféns

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas declarou: “Enquanto o Hamas violar os acordos e continuar a manter 19 reféns, não poderá haver progresso unilateral por parte de Israel”. A organização pediu ao governo que “interrompa imediatamente a implementação de quaisquer etapas adicionais do acordo enquanto o Hamas continuar a violar suas obrigações em relação ao retorno de todos os reféns e dos restos mortais das vítimas”.

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O plano de 20 pontos elaborado por Trump para Gaza prevê, nas próximas fases da trégua, o desarmamento do Hamas, anistia aos líderes que abandonarem as armas e a criação de uma governança no território pós-guerra. Como parte do acordo atual, Israel devolveu os corpos de 30 palestinos a Gaza nesta quinta-feira (16.out.2025), seguindo a proporção de 15 corpos palestinos para cada israelense falecido retornado.

Busca pelos restos mortais

Trump pediu paciência para proteger o acordo, descrevendo o processo de busca pelos restos mortais como “horrível”. Ele afirmou: “Eles estão cavando, realmente cavando”. O presidente norte-americano acrescentou que em algumas áreas estão encontrando muitos corpos, que precisam ser separados, e que alguns deles estão sob os escombros há muito tempo.

A guerra resultou na morte de pelo menos 67.938 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, números considerados confiáveis pela ONU. O ataque inicial do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 causou 1.221 mortes, em sua maioria civis, conforme dados da AFP baseados em informações oficiais israelenses.