Netanyahu afirma que diálogo com Trump pode auxiliar no fim do conflito

O primeiro-ministro de Israel viajará para Washington para se encontrar com o presidente dos EUA na segunda-feira (7).

06/07/2025 14:41

3 min de leitura

Netanyahu afirma que diálogo com Trump pode auxiliar no fim do conflito
(Imagem de reprodução da internet).

Libertação de reféns

Em sábado (6), grandes grupos se concentraram em uma praça pública de Tel Aviv, próxima à sede do Ministério da Defesa, para reivindicar um acordo de cessar-fogo e o retorno de aproximadamente 50 reféns ainda mantidos em Gaza. Os participantes brandiram bandeiras israelenses, entoaram hinos e exibiram cartazes com imagens dos sequestrados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 7 de outubro de 2023, o ataque do Hamas ao sul de Israel resultou no mais recente derramamento de sangue no conflito israelense-palestino, com a morte de aproximadamente 1.200 pessoas e sequestro de 251 reféns, segundo dados israelenses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acredita que o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira (7), resultará em progresso nas negociações sobre a libertação de reféns em Gaza e um acordo de cessar-fogo.

Leia também:

Israel retomou, no domingo (6), as negociações para um cessar-fogo com o Catar. Antes de partir para Washington, Netanyahu declarou que os negociadores receberam orientações claras para alcançar um acordo que fosse aceito pelo país.

Acreditava que o diálogo com o presidente Trump certamente poderia auxiliar na promoção desses resultados, ressaltando seu compromisso em assegurar o retorno dos reféns mantidos em Gaza e em eliminar a ameaça representada pelo Hamas a Israel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esta será a terceira vez que Netanyahu visita a Casa Branca desde que Trump retomou o poder há quase seis meses.

A pressão pública sobre Netanyahu para assegurar um cessar-fogo permanente e encerrar a guerra em Gaza está crescendo, embora essa proposta seja contestada por alguns membros da sua coalizão de direita. Outros, incluindo o Ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, manifestaram apoio.

O grupo palestino Hamas declarou, na sexta-feira (4), que respondeu à proposta de cessar-fogo em Gaza, com respaldo dos EUA, com “espírito positivo”, poucos dias após Trump afirmar que Israel concordou “com as condições necessárias para finalizar” uma trégua de 60 dias.

No entanto, em um indicativo dos obstáculos que persistem para ambas as partes, uma autoridade palestina de um grupo militante ligado ao Hamas afirmou que existem preocupações quanto à assistência humanitária, o trânsito pela fronteira de Rafah, no sul de Israel, até o Egito, e a definição de um prazo para a evacuação das forças israelenses.

O governo Netanyahu declarou que as alterações buscadas pelo Hamas na proposta de cessar-fogo “não eram aceitáveis” para Israel. Contudo, o governo afirmou que a delegação ainda voaria para o Catar para “continuar os esforços para assegurar o retorno de nossos reféns com base na proposta catariana com a qual Israel concordou”.

Netanyahu afirmou consistentemente que o Hamas deve abandonar suas armas, uma demanda que o grupo insurgente ainda não abordou.

Netanyahu acredita que ele e Trump também manteriam a continuidade do resultado da operação aérea de 12 dias contra o Irã, no mês passado, e buscariam assegurar que Teerã não possuísse uma arma nuclear. Ele afirmou que os recentes acontecimentos no Oriente Médio criaram uma oportunidade para expandir o círculo de paz.

O Ministério da Saúde de Gaza relata que o ataque militar de retaliação de Israel ao enclave resultou na morte de mais de 57 mil palestinos. A ação também provocou uma crise de fome, deslocamento da população, sobretudo em Gaza, e deixou o território em ruínas.

Estima-se que aproximadamente 20 dos reféns ainda sob custódia estejam vivos. A liberação da maioria dos reféns ocorreu por meio de negociações diplomáticas, embora o exército israelense também tenha recuperado alguns.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.