Netanuahy fala sobre plano para controlar Gaza: “Vamos vencer a guerra com ou sem apoio.”
Netanyahu sofre intensa pressão em Israel em relação aos 49 reféns ainda mantidos pelo Hamas, juntamente com a escalada da fome que afeta 2 milhões de p…

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, no domingo (10), que seu novo plano militar para Gaza “é a melhor maneira de finalizar a guerra”, mesmo com os pedidos para cessar os confrontos na região destruída.
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Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência sobre o conflito, ocasião em que um alto representante da organização alertou que o projeto israelense “provavelmente resultará em mais uma catástrofe”.
Após 22 meses de conflito, Netanyahu enfrenta intensa pressão em Israel em relação ao futuro dos 49 reféns mantidos pelo movimento islamista palestino Hamas.
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Também é pressionado externamente para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, onde há mais de dois milhões de palestinos ameaçados por uma “fome generalizada”, segundo a ONU.
O líder israelense declarou que “completamos grande parte do trabalho”. Adicionou que “estamos com entre 70% e 75% do controle militar em Gaza” e que “ainda há dois redutos restantes: a Cidade de Gaza e os campos” no centro da Faixa de Gaza.
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O primeiro-ministro afirmou que “o plano não visa ocupar Gaza, mas sim desmilitarizá-la”, reiterando que “é a melhor maneira de acabar com a guerra e a forma mais rápida de finalizá-la”.
Primeiramente, é necessário neutralizar o Hamas. Em seguida, a libertação de todos os reféns deve ser garantida. Posteriormente, a desmilitarização de Gaza será implementada. Em quarto lugar, Israel estabelecerá um controle de segurança predominante. Por fim, um governo civil não israelense será instaurado, concluiu.
Netanyahu declarou que a população civil poderá deixar as áreas de combate com segurança, indo para zonas seguras estabelecidas, e que provisões serão fornecidas “em grande quantidade”.
Além disso, prometeu “corredores protegidos” para esta entrega e “aumentar o número de pontos de distribuição de ajuda da GHF”, fundação privada apoiada por Estados Unidos e Israel.
A também premiada afirmou ter determinado ao Exército autorizar o acesso de mais jornalistas da imprensa internacional à Faixa de Gaza, sob seu controle.
Netanyahu afirmou que tomou a decisão de convidar jornalistas estrangeiros, em grande número.
Prazos muito reduzidos.
Declaramos em termos de prazos bastante curtos para concluir a guerra (…). Vamos vencer a guerra com ou sem o apoio de outros países, garantiu o premiê após críticas da comunidade internacional.
O Hamas respondeu, acusando Netanyahu de “mentir”.
“Segue mentindo, enganando e tentando induzir o público ao erro. Tudo o que declarou na coletiva de imprensa configura uma série de falsidades. É incapaz de confrontar a realidade e, em vez disso, se dedica a distorcê-la e escondê-la”, afirmou a AFP Taher al-Nunu, assessor de mídia do chefe do escritório político do Hamas.
A Espanha e outros sete países europeus condenaram o plano israelense em um comunicado conjunto, afirmando que poderia resultar em “um número inaceitavelmente alto de mortes” e “agravar ainda mais o destino dos reféns”.
Milhares de pessoas retornaram às ruas de Tel Aviv na noite de sábado, reivindicando um acordo que assegure o retorno de todos os reféns – incluindo os corpos dos 27 considerados mortos pelo Exército israelense.
“O governo determinou o destino dos reféns: os vivos serão mortos e os mortos desaparecerão para sempre”, criticou Einav Zangauker, mãe de um deles e líder da mobilização das famílias. Alguns pais de reféns convocaram um greve geral para o próximo domingo.
A extrema direita, que faz parte da coalizão governamental, manifestou discordância. O primeiro-ministro e o gabinete cederam aos fracos, criticou o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, afirmou: “Desejo toda a Faixa de Gaza, a transferência (de sua população, NDLR) e a colonização”.
O líder da oposição, Yair Lapid, também classificou o plano de Netanyahu como uma “catástrofe”. “Vão mobilizar de última hora 430.000 reservistas (…). Estão desmantelando o país por dentro”, insistiu neste domingo em declarações à imprensa.
A Defesa Civil de Gaza declarou que o Exército israelense ceifou 27 vidas no domingo, incluindo 11 vítimas resultantes de disparos durante a espera por alimentos.
Em 7 de outubro de 2023, o ataque do Hamas a Israel resultou na morte de 1.219 israelenses, predominantemente civis, conforme apurado por uma reportagem da AFP com base em informações oficiais, dando início à guerra em Gaza.
A operação de retaliação israelense em Gaza já causou a morte de 61.430 pessoas, na sua maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, que são considerados confiáveis pela ONU.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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