O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8.jul.2025) não ter o “direito” de uma relação conturbada com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O chefe da equipe econômica também declarou possuir “muitos amigos em comum” e não desejar conflitos com o deputado.

Quando um não quer, o outro não briga. Nós não vamos brigar, porque no caso aqui nenhum dos dois quer.

Haddad confirmou o encontro com Motta, respondendo afirmativamente à pergunta sobre a realização de uma reunião entre os dois nesta semana.

Ele [Motta] é um poder institucional. O Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele. Eu sou um ministro, eu não tenho mandato. Eu sou um ministro sem mandato. Estou colaborando aqui na medida das minhas possibilidades e das minhas limitações, disse.

O presidente da Câmara afirmou que não possui encontro agendado com o ministro da Fazenda.

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Existe um desacordo entre o Planalto e o Congresso em relação à cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em junho de 2025, a arrecadação com o tributo alcançou R$ 8 bilhões, o que representa um aumento de R$ 2,1 bilhões em relação a maio (R$ 5,9 bilhões).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, agendou para a terça-feira (15.jul) a audiência de conciliação referente ao aumento do imposto.

“Eu já disse e repito, eu nunca saio de uma mesma negociação. Eu só saio com acordo”, declarou Haddad.

O diretor da Fazenda também declarou ser imprescindível “encontrar um caminho e retomar o debate”. Ele assegurou que a pauta econômica no Congresso “andou pouco” em 2025.

É possível conduzir a agenda. Há muitas coisas positivas para serem votadas na Câmara dos Deputados, muitas coisas positivas que podem auxiliar no setor de negócios.

Juros

A taxa Selic atingiu 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. Haddad comentou sobre o elevado nível da taxa básica de juros.

A discussão se concentra no milagre do crescimento da economia brasileira, que ocorre com uma taxa de juro de 15%. Afirma que há muito trabalho na Fazenda que possibilita a continuidade do crescimento, apesar dessa situação de juros no Brasil.

Fonte por: Poder 360