Nenhum banco de grande porte sofreu ataque da C&M Software

Dados iniciais apontam que a vulnerabilidade afetou 8 empresas por um valor de 800 milhões; ataque é considerado sério.

02/07/2025 19:39

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Nenhum banco de grande porte sofreu ataque da C&M Software
(Imagem de reprodução da internet).

O ataque hacker à prestadora de serviços C&M Software é considerado sério, porém não afetou grandes bancos. As estimativas iniciais apontam que a invasão pode ter causado um prejuízo na casa dos R$ 800 milhões para cerca de 8 empresas do sistema financeiro.

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As instituições financeiras, quando comprovadamente negligentes com as medidas de segurança, também serão responsabilizadas. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Banco Central.

A falha iniciou na C&M Software, empresa que oferece serviços e não é regulamentada pelo Banco Central.

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A empresa oferece serviços de tecnologia a pequenas instituições do setor financeiro. Devido à solicitação do Banco Central para interromper o acesso das instituições às infraestruturas operadas, essas instituições financeiras podem ter sido desconectadas do sistema da autoridade monetária, inclusive para o uso do Pix.

Outras empresas de tecnologia podem atuar como intermediárias na conexão. A C&M Software possui 22 clientes, dos quais 8 foram impactados pelo ataque hacker. O Banco Central avaliará se o dano do ataque compromete as operações das instituições financeiras. Será realizada uma análise sobre se a empresa detém ativos suficientes para cobrir os valores das contas dos clientes.

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A conta reserva é mantida pelas instituições financeiras junto ao BC para liquidar operações no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). A conta registra a entrada e saída de recursos das instituições autorizadas a operar. As contas são fundamentais para operar o Pix, as transferências bancárias (TED) e outras operações.

A análise regulatória verificará se as oito instituições financeiras apresentaram negligência no processo de segurança.

O Banco Paulista comunicou que, devido a uma falha no provedor terceirizado, responsável pela conexão com o Banco Central, houve uma interrupção temporária do serviço Pix.

A ocorrência foi externa e não afetou informações sensíveis, nem ocasionou transações inadequadas. As equipes técnicas, em colaboração com o Banco Central, trabalham para restaurar o serviço o mais breve possível, afirmou a instituição financeira.

A BMP afirmou que o ataque envolveu unicamente recursos mantidos em sua conta de reserva no Banco Central. Indicou ter tomado todas as medidas operacionais e legais pertinentes e possui garantias colaterais adequadas para cobrir o valor total afetado, sem comprometer suas operações ou seus negócios com parceiros.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.