Empresários que participaram de reunião com o governo brasileiro expressaram insatisfação com a demora na apresentação de um plano de contingência para auxiliar setores impactados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras.
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A principal reclamação dos executivos está relacionada à demora na instalação de um grupo específico para discutir as respostas do governo e do setor produtivo, bem como à tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros. O cenário, contudo, apresentou uma leve melhoria após a confirmação de uma lista com aproximadamente 700 produtos que podem receber exceção.
Com a definição mais clara dos produtos afetados, as negociações passaram a ser conduzidas de forma setorial. Setores como café, pescados e carne bovina, que têm participação significativa no mercado norte-americano, agora podem dialogar diretamente com seus equivalentes nos Estados Unidos.
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O governo brasileiro adota uma postura cautelosa, principalmente em razão da chance de certos produtos, como o café, serem listados em uma tabela de isenções internacionais. Howard Lutnick, secretário de comércio americano, já apontou essa possibilidade, levando em conta que os Estados Unidos não produzem café e possuem uma demanda considerável por ele.
A incerteza provocada por essa situação já causa impactos financeiros nos setores mais atingidos. Enquanto alguns negociadores brasileiros mantêm a esperança de obter isenções para certos produtos, os empresários demonstram preocupação com os prejuízos imediatos decorrentes da demora nas definições.
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Fonte por: CNN Brasil