Navio da Marinha Colombiana acerta embarcação da prefeita e destrói um funcionário
O presidente Gustavo Petro solicitou uma investigação, afirmando que o caso apresentou um “lamentável desfecho”.

A Marinha da Colômbia disparou, na segunda-feira, 8, contra o barco de uma prefeita no sudoeste do país, ceifando a vida de um empregado e ferindo um seguranças policiais que a acompanhavam, segundo comunicou a força naval colombiana.
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Uma equipe de guardas costeiros disparou contra o barco da prefeita Karen Pineda em um posto de controle que não possuía informações sobre a passagem da embarcação na madrugada pelas águas do Pacífico, no departamento de Nariño. A prefeita permaneceu ilesa.
A Marinha informou que o navio transitava no rio Patia Guandipa, em sentido contrário, em alta velocidade, na escuridão, sem luzes de navegação, sendo que o pessoal militar, em observância às regras de uso da força e procedimentos, ativou suas armas para salvaguardar sua integridade física e sua vida.
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Militares filmados pela mídia local auxiliando os feridos após os tiroteios.
O descumprimento dos protocolos de segurança provocou o confronto no posto oficial em Tumaco e resultou neste triste final, afirmou o presidente Gustavo Petro no X, e expressou condolências à família de Luis Fernando Sánchez, o assessor falecido. Petro solicitou uma investigação.
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Líderes sociais da região declararam nas redes sociais que o incidente resultou de uma “equivocação” e solicitaram informações sobre os acontecimentos. Os postos de controle costeiro são frequentes na região.
O líder social e ex-secretário do governo regional Benildo Estupiñán afirmou ao canal Caracol que “não podem abrir fogo contra uma embarcação, muito menos se não dispararam”.
A Defensoria do Povo solicitou que se assegure o acesso à verdade e à justiça em uma investigação minuciosa e transparente.
A Colômbia enfrenta a pior crise de violência da última década, causada pelo conflito entre organizações criminosas que competem por áreas utilizadas em atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e a mineração ilegal.
Diante de ataques com explosivos, veículos aéreos não-tripulados e ocupações de forças armadas, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia recebe críticas da oposição por priorizar o diálogo com grupos armados em detrimento de uma ação militar direta contra eles.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.