Militares em estado de alerta do “núcleo 3” da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022 afirmaram, em depoimento no STF, que membros das Forças Especiais, também conhecidos como “kids pretos”, estão sofrendo perseguição.
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A denúncia da PGR aponta que jovens negros foram utilizados para pressionar os militares a aderirem ao plano de golpe visando a permanência de Jair Bolsonaro (PL) na presidência.
O coronel do Exército Mário Nunes de Resende Júnior contestou a acusação de participação em um plano de golpe, afirmando não ter exercido pressão sobre os comandantes. Ele declarou que os militares enfrentam uma situação de “caça às bruxas” em relação às Forças Especiais.
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O coronel afirma que atualmente é mais difícil um militar ascender a patente. “Um coronel a ser promovido a general neste momento é quase impossível”, prosseguiu.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo declarou, durante a oitiva, que a acusação da PGR foi motivada por seu pertencimento a tal grupo.
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Acredito que estou sendo acusado por ser do Batalhão de Operações Especiais. Em um contexto que se tornou sério pela Polícia Federal, afirmou Rodrigo Bezerra em seu depoimento.
Quem são as crianças negras
Os jovens negros são integrantes dos militares formados no Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, preparados para desempenhar missões secretas em ambientes hostis e de grande sensibilidade política.
Os militares empregam bonés pretos em missões, sendo reconhecidos como especialistas em guerra não convencional, reconhecimento especial, operações contra forças irregulares e antiterrorismo.
Crianças negras podem realizar treinamentos intensivos no Comando de Operações Especiais, em Goiânia, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói (RJ), ou podem concluir a formação em Manaus, na 3ª Companhia de Forças Especiais.
Quem compõem o núcleo 3:
Fonte por: CNN Brasil