Na ONU, será promovido encontro extraordinário em decorrência do ataque de Israel ao Catar

O ataque israelense resultou na morte de cinco membros do Hamas e levou os Estados árabes do Golfo, que eram aliados dos EUA, a se unirem.

15/09/2025 10:13

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Na ONU, será promovido encontro extraordinário em decorrência do ataque de Israel ao Catar
(Imagem de reprodução da internet).

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas promoverá uma discussão urgente em Genebra, na Suíça, na terça-feira (15) sobre o ataque do dia 9 de setembro contra integrantes do grupo palestino Hamas no Catar, conforme comunicado na segunda-feira (15).

O ataque aéreo de 9 de setembro, que, segundo o grupo, ceifou a vida de cinco de seus membros, porém não de sua liderança, resultou na união dos Estados árabes do Golfo, aliados dos Estados Unidos.

Isso intensificou as tensões nas relações entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, que foram normalizadas em 2020.

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O debate foi proposto pelo Paquistão, representando os OCI (Estados-membros da Organização para a Cooperação Islâmica), e pelo Kuwait, em nome do Conselho de Cooperação do Golfo.

O pedido foi apresentado em um momento em que chefes de estado árabes e islâmicos se encontravam em Doha, na segunda-feira (15), onde alertariam que o ataque de Israel ao Catar e outros “atos hostis” comprometem a coexistência e os esforços para a normalização das relações na região, conforme um esboço da resolução do encontro.

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A delegação israelense em Genebra considerou absurda a decisão de realizar um debate urgente – o décimo do tipo desde a criação do Conselho em 2006.

Qualquer resultado que se apresentasse representaria uma mancha nos mecanismos de direitos humanos, declarou a missão em um comunicado.

Israel tem sido amplamente acusado de cometer genocídio contra palestinos em Gaza, inclusive pelo maior grupo mundial de estudiosos do genocídio, durante sua campanha de quase dois anos no território palestino, que resultou na morte de mais de 64 mil pessoas, de acordo com dados oficiais.

O país nega a acusação, afirmando o direito à legítima defesa após o ataque de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, que ceifou a vida de 1.200 pessoas e levou à posse de 251 reféns, conforme informações israelenses.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.