Na Faixa de Gaza, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou a morte de 875 civis que estavam buscando alimentos e assistência humanitária

A Comissão de Direitos Humanos informou que indivíduos, incluindo crianças, foram mortos em decorrência de ataques israelenses em locais de distribuição…

15/07/2025 10:57

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Na Faixa de Gaza, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou a morte de 875 civis que estavam buscando alimentos e assistência humanitária
(Imagem de reprodução da internet).

O Escritório de Direitos Humanos da ONU confirmou nesta terça-feira (15) que 875 civis da Faixa de Gaza foram mortos enquanto buscavam comida, sendo a maioria das vítimas nas proximidades de pontos de distribuição controlados pela chamada Fundação Humanitária para Gaza, criada conjuntamente por Israel e Estados Unidos e que opera há um mês e meio. O porta-voz do organismo, Thameen Al-Kheetan, detalhou que 674 mortes ocorreram muito perto desses locais, enquanto as vítimas restantes foram atacadas e morreram nas rotas dos comboios humanitários das Nações Unidas ou de outras entidades de ajuda.

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A ONU tem solicitado que Israel investigue de forma independente essas mortes. Por outro lado, a Seção de Direitos Humanos das Nações Unidas rejeitou integralmente o plano de Israel de construir um acampamento gigante em Rafah, no sul de Gaza, para transferir cerca de 600.000 palestinos para lá, uma iniciativa que as autoridades descreveram como uma “cidade humanitária”. Al-Kheetan também se manifestou contra a proposta de que os palestinos se exilem “voluntariamente” em países terceiros. “Em primeiro lugar, a criação de uma cidade humanitária desse tipo é problemática em si mesma e levanta a preocupação de que ocorram mais deslocamentos forçados.”

O porta-voz acrescentou que é provável que homens e mulheres de certos grupos etários possam correr um risco maior de detenção arbitrária. Além disso, destacou que podem ocorrer desaparecimentos, separação de famílias, perda da liberdade de movimento, além de uma situação em que centenas de milhares de pessoas estariam aglomeradas em uma pequena área de Gaza, onde seria muito difícil a distribuição de ajuda humanitária de forma independente.

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É evidente que não se pode tratar de qualquer movimento para outros países, pois, para que o movimento seja voluntário, é preciso oferecer às pessoas a opção de permanecerem em Gaza, em termos de condições de vida. Reafirmou o diretor da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, que disse que este plano equivale na prática a criar um campo de concentração na fronteira com o Egito e seria o fim de qualquer perspectiva de que os palestinos possam construir um futuro em sua própria terra.

Com informações da EFE

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Fonte por: Jovem Pan

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.