Municípios no Irã impõem restrições a caminhadas com animais de estimação em áreas abertas ao público
A ação extrema se justifica por razões de higiene, segurança e ordem pública; certos muçulmanos consideram impuro tocar em um cão ou ter contato com sua saliva.

Caminhar com cães nas ruas é proibido em quase 20 cidades do Irã por razões de higiene, segurança e ordem pública, com implicações religiosas, informou a imprensa local neste domingo (8). Alguns muçulmanos religiosos consideram impuro acariciar um cão ou entrar em contato com sua saliva. Contudo, não há nenhuma lei no Irã, país de maioria muçulmana, que proíba a posse de um cão, e muitos iranianos têm animais de estimação.
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Líderes políticos e religiosos consideram os cachorros um indicativo de riqueza e os criticam como símbolo da influência ocidental. Pelo menos 17 cidades, incluindo Isfahã (centro), Yazd (centro), کرمان (sul) e Ilam (oeste), proibiram o passeio de cães em espaços públicos nos últimos dias. “Haverá ação legal contra os infratores”, escreveu o jornal reformista Etemad neste domingo, sem mais detalhes, citando um funcionário da cidade de Ilam.
Em Teerã, na capital iraniana, diversos proprietários exibem seus cães nas ruas e parques dos bairros sofisticados, que também possuem várias lojas de animais. Contudo, o promotor da cidade de Hamedan, Abbas Najafi, declarou que “passear com seu cão representa uma ameaça à saúde pública, à paz e ao bem-estar”.
Fonte por: Jovem Pan
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Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.