Mulheres palestinas desabrigadas sofreram intimidações e agressões ao tentar obter assistência de um ponto de distribuição financiado pelos Estados Unidos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
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Antes do ocorrido, a GHF (Fundaçã Humanitária de Gaza) anunciou, por meio do Facebook na quinta-feira (24), que promoveria um evento de distribuição de assistência restrito a mulheres.
É a primeira ação desse gênero desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
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Contudo, os palestinos no local foram atingidos por spray de pimenta, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral ao se aproximarem.
“Eu só quero comida. Como posso tomar meus remédios sem comer? Isso é injusto. Não temos dinheiro para comprar nada porque não temos renda, não temos nem uma moeda”, disse Um Mohammed, um palestiniano deslocado.
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Cheguei aqui às 6h sem ter tomado café da manhã, na esperança de conseguir algo para os meus filhos. Meu marido está preso há um ano e meio e estou sustentando sete pessoas, meus filhos sofrem de desnutrição, relatou Abeer Dabboos, outra palestrana deslocada.
Esperava obter pelo menos um quilo de lentilhas ou farinha. Estava muito cheio, e eles usaram spray de pimenta. Isso é humilhação. É uma vergonha, completou Dabboos.
“Quando chegamos, eles lançaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral contra nós. Estávamos sufocados. Os organizadores nos empurraram para fora e nos mandaram embora. Eles interromperam a distribuição de ajuda e atiraram em nós. Tivemos que fugir”, afirmou a palestina Nada Al-Mujaida.
Cerca de uma em cada três pessoas na Faixa de Gaza sofre com a falta de alimento por dias, declarou o PMA (Programa Mundial de Alimentos) em um comunicado, ressaltando que “a desnutrição está em ascensão, com 90.000 mulheres e crianças necessitando de tratamento urgente”.
Fonte por: CNN Brasil