Concurso Público Nacional Unificado (CNU): Equiparar gênero na segunda etapa
Uma das novidades da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conforme anunciado pelo governo federal na última segunda-feira (30), é que o número de mulheres que serão chamadas para a segunda etapa será igual ao de homens, tanto nas categorias em livre concorrência quanto nas de cotas. A decisão, segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dwreck, levou em conta que, no último certame, embora as mulheres tenham sido maioria entre todas as pessoas inscritas (56,2%), elas foram minoria na segunda fase em sete dos oito blocos (as áreas dos concursos). A segunda etapa do concurso convoca um número de candidatos correspondente a nove vezes o número de vagas previstas.
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Abandono de saída
No concurso de 2024, no dia da primeira etapa, houve desistência de candidatas, representando 54,6% do total, um valor inferior ao registrado no momento da inscrição. Posteriormente, apenas 39,3% seguiram para a segunda fase. A maior diferença, na última fase, entre os aprovados, foi no bloco (tecnologia, dados e informação), onde elas corresponderam a 8,4% dos aprovados. A segunda maior diferença ocorreu no bloco 6 (setores econômicos e regulação), representando 25,7% entre os candidatos que obtiveram aprovação. Nas áreas de nível médio, a aprovação foi de 26,2%. A única área com maioria de mulheres aprovadas foi o bloco 5 (educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos), onde elas obtiveram 60,3% dos cargos.
Política afirmativa
Segundo a ministra, essa equiparação não deve ser considerada uma reserva de vagas, mas uma política afirmativa a fim de garantir inclusão e oportunidade para que mais mulheres realizem a segunda etapa. A decisão levou em conta que as mulheres são as pessoas a quem mais é delegado o cuidado dentro de casa. “A aprovação das mulheres foi mais concentrada na faixa etária entre 35 e 45 anos”, afirmou. Outro cuidado previsto está no atendimento especial às mulheres em cursos de formação após a aprovação. “Nos cursos que o ministério estava coordenando, exigimos que tivesse uma sala de amamentação, uma sala para as crianças ficarem com algum responsável que pudesse cuidar delas”, disse a ministra.
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Com informações da Agência Brasil.
Fonte por: Jovem Pan
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