Mulheres demonstram maior pessimismo em relação à inteligência artificial do que homens, aponta pesquisa

Uma pesquisa aponta que as mulheres apresentam um pessimismo 2,2 vezes maior em relação aos impactos da inteligência artificial em comparação com os homens.

O estudo, realizado pela organização sem fins lucrativos Seismic Foundation, ouviu 10.122 pessoas de cinco países (França, Alemanha, Polônia, Reino Unido e Estados Unidos) através de questionários online, entre 16 e 23 de junho de 2025. Os dados foram divididos pelas variáveis gênero, idade, região, escolaridade, etnia e último voto.

Os entrevistados precisaram indicar se consideram que a IA transformaria a realidade de forma positiva ou negativa nos próximos cinco anos. Em todas as categorias, houve maior número de respostas favoráveis por parte dos homens.

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Os pesquisadores acreditam que essa diferença na percepção em relação ao gênero provavelmente se deve à experiência, visto que as mulheres frequentemente sofrem mais com problemas preexistentes que podem se agravar com o avanço da IA, como os deepnudes ou o aumento no desemprego.

Uma pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho indica que os empregos predominantemente exercidos por mulheres, como os administrativos, serão os mais impactados pela inteligência artificial no futuro.

Quanto menor a renda, maior o pessimismo.

A renda também influencia a percepção sobre a inteligência artificial. A pesquisa da Seismic Foundation também observou que indivíduos de classes mais baixas manifestaram maior preocupação com o avanço da IA em comparação com pessoas de classes mais altas.

As preocupações das classes mais altas em relação à IA estão ligadas a questões específicas, como privacidade, vigilância e confiança eleitoral, enquanto as classes mais baixas manifestam preocupações mais amplas, relacionadas ao impacto da tecnologia na sociedade e na economia global.

Pessoas com baixa renda apresentaram maior pessimismo em relação ao impacto da inteligência artificial na vida de seus filhos, no mundo, na vida de grupos minoritários e na saúde mental das pessoas, em comparação com indivíduos de alta renda, em todas as categorias. A maior disparidade na percepção foi observada em relação ao futuro de seus filhos.

Os resultados destacam o receio de que a IA possa ampliar as desigualdades sociais, afetando grupos sociais diversos de forma diferenciada.

O Brasil se destaca entre os países que mais empregam inteligência artificial.

Fonte por: CNN Brasil